Os eventos ocorridos no vestiário da Portuguesa, após a derrota para o Vila Nova, na última terça-feira, seguem repercutindo no ciclo esportivo. Nesta quinta-feira, foi a vez do goleiro do São Paulo Rogério Ceni falar sobre o assunto. Considerado um exemplo de profissional, o capitão foi categórico na questão e abominou a conduta.

Na ocasião, conselheiros da Lusa entraram no vestiário do clube armados, para protestar contra mais um tropeço da equipe na Série B, com alvo principalmente no atacante Edno.

- Isso é algo lamentável. Não sei porque as pessoas não vão ao Senado, protestar contra a política brasileira. Não sei porque não vamos lá protestrar contra tudo que acontece. Futebol é paixão, entretenimento. Impressionante que com coisas mais serias ninguém se revolta. Agora, um time que não ganhou, o cara ameaça. Que crime o cara cometeu? Isso não existe - declarou Rogério Ceni, que ainda completou.

- É algo absurdo, impensável. Tanta gente roubando dinheiro na política e nada se faz. Se tivéssemos essa mesma cultura para combater político corrupto, talvez fossêmos um país melhor - disse o capitão são-paulino, com discurso contundente.

Pelos episódios, a Portuguesa pode receber uma punição grave. Por conta do ocorrido, René Simões, então técnico da equipe, pediu demissão, inconformado. O Superior Tribunal de Justiça Desportiva já se pronunciou e o Canindé pode ser interditado.

A Portuguesa, por sua vez, registrou Boletim de Ocorrência no 12º DP, com sua versão dos fatos e, de acordo com o documento, não confirmou a presença de armas na confusão.