O violento protesto da torcida da Portuguesa na última terça deixou Rogério Ceni revoltado. Para o goleiro do São Paulo, o ideal seria se as pessoas mostrassem a mesma disposição para esbravejar com irregularidades que vêm acontecendo longe do Canindé, mais precisamente na capital federal.
Após a derrota por 2 a 1 para o Vila Nova, torcedores da Lusa invadiram os vestiários da equipe para cobrar jogadores. Segundo o técnico René Simões, que pediu demissão na quarta, quatro membros da torcida estavam armados (o presidente do clube, Manuel da Lupa, nega). O elenco rubro-verde se chocou com o incidente. O meia Edno, um dos mais ameaçados, chegou até a declarar que não tem mais como continuar no time.
"Isso é lamentável", condenou Rogério. "Não sei porque essas pessoas não vão ao Senado protestar contra a polÃtica brasileira. Reúne todo mundo lá na frente do Palácio do Planalto. Futebol envolve paixão, mas é entretenimento. Isso foi um absurdo. Há uma inversão de valores inaceitável na sociedade", completou.
Mas o desabafo do arqueiro tricolor não parou por aÃ: "Os brasileiros não se revoltam com coisas que acontecem com dinheiro do bolso deles. Agora, quando o time perde em casa, ameaçam os jogadores. Que crime o jogador cometeu? Apenas não ganhou um jogo. Se tivéssemos a mesma bravura para combater polÃtico corrupto, terÃamos um paÃs melhor".
Também questionado sobre o assunto após o treino desta quinta-feira do São Paulo, o atacante Washington foi menos contundente que o capitão tricolor, mas lamentou a postura dos torcedores. "Fico triste com esse tipo de coisa. Até que ponto isso vai chegar", questionou.
Para o Coração Valente, protestos como esse são mais um motivo que o atleta leva em conta na hora de trocar o Brasil pelo futebol do exterior. "O pessoal reclama que os jogadores saem cedo. Mas, além da possibilidade da independência financeira lá fora, aqui tem esse tipo de coisa, que envolve famÃlia, integridade fÃsica. É um absurdo", concluiu.
Após a derrota por 2 a 1 para o Vila Nova, torcedores da Lusa invadiram os vestiários da equipe para cobrar jogadores. Segundo o técnico René Simões, que pediu demissão na quarta, quatro membros da torcida estavam armados (o presidente do clube, Manuel da Lupa, nega). O elenco rubro-verde se chocou com o incidente. O meia Edno, um dos mais ameaçados, chegou até a declarar que não tem mais como continuar no time.
"Isso é lamentável", condenou Rogério. "Não sei porque essas pessoas não vão ao Senado protestar contra a polÃtica brasileira. Reúne todo mundo lá na frente do Palácio do Planalto. Futebol envolve paixão, mas é entretenimento. Isso foi um absurdo. Há uma inversão de valores inaceitável na sociedade", completou.
Mas o desabafo do arqueiro tricolor não parou por aÃ: "Os brasileiros não se revoltam com coisas que acontecem com dinheiro do bolso deles. Agora, quando o time perde em casa, ameaçam os jogadores. Que crime o jogador cometeu? Apenas não ganhou um jogo. Se tivéssemos a mesma bravura para combater polÃtico corrupto, terÃamos um paÃs melhor".
Também questionado sobre o assunto após o treino desta quinta-feira do São Paulo, o atacante Washington foi menos contundente que o capitão tricolor, mas lamentou a postura dos torcedores. "Fico triste com esse tipo de coisa. Até que ponto isso vai chegar", questionou.
Para o Coração Valente, protestos como esse são mais um motivo que o atleta leva em conta na hora de trocar o Brasil pelo futebol do exterior. "O pessoal reclama que os jogadores saem cedo. Mas, além da possibilidade da independência financeira lá fora, aqui tem esse tipo de coisa, que envolve famÃlia, integridade fÃsica. É um absurdo", concluiu.
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