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No topo com Palmeiras, Muricy iguala 57% que o demitiram

Ponteiro do Campeonato Brasileiro desde que assumiu o comando técnico do Palmeiras, Muricy Ramalho tem desempenho semelhante ao de Wanderley Luxemburgo na competição nacional. Em sete rodadas com agasalho alviverde, ambos acumularam três vitórias, três empates e uma derrota: aproveitamento de 57% dos pontos, também o mesmo que teve no ano pelo São Paulo antes de ser demitido.
Em 35 jogos sob seu comando nesta temporada, a equipe tricolor teve 17 vitórias, nove empates e nove derrotas. Apesar de o rendimento não ser dos piores, Muricy foi demitido pela campanha ruim que fazia no Brasileirão - com uma vitória, quatro empates e uma derrota - e especialmente por conta da queda nas quartas de final da Copa Libertadores para o Cruzeiro, com um revés em pleno Morumbi lotado.

Coincidentemente, o próximo compromisso do treinador será o clássico contra a ex-equipe. O jogo deste domingo no Morumbi, às 16 horas (de Brasília) tornará sua campanha no Palmeiras melhor ou pior do que a realizada no São Paulo. Outro detalhe é o número de rodadas como líder. No Palestra Itália, já são sete consecutivas, uma a mais que na campanha do tricampeonato são-paulino em 2008.

"O que é muito legal aqui no Palmeiras é que o tempo todo te dão força, ninguém faz biquinho, te olha feio quando perde e diz que é ele que ganha, essas porcarias que fazem de monte... Aqui é todo mundo muito parceiro, e estou muito bem por isso. É um lugar muito gostoso de se trabalhar", comparou Muricy, após a vitória sobre o Internacional, no sábado.

Em um mês de casa, ele ainda não vê o Palmeiras com sua cara. O que é questionável. A começar pelos gols: dos cinco anotados, três saíram de cabeça - um deles de Cleiton Xavier, que aparece muito mais como atacante. Além disso, os volantes Souza e Pierre também têm tido maior liberdade ofensiva, algo explorado anteriormente já com o então interino e agora auxiliar Jorginho (mantido no cargo também por sete partidas, com 76% de aproveitamento).

"Estamos trabalhando mais com a posse de bola desde quando o Jorginho era o técnico", analisa o volante Edmílson. "O Muricy manteve isso e foi bastante claro com o que pensa: sem a bola, todos, desde o atacante, têm que marcar. Isso tem sido feito muito bem, o time não se expõe. Com a bola, ele manda jogar com alegria, dar 'caneta' se tiver que dar", emenda o atleta, que conheceu o técnico na passagem pelo São Paulo.

O clássico com o São Paulo será ainda mais singular por vários detalhes. Muricy reencontrará seus ex-comandados e a torcida que o apoiou no momento em que foi informado de sua demissão. Topará no gramado com seu sucessor, Ricardo Gomes, e, depois da partida, dará declarações no vestiário visitante, mais desconfortável do que o dos donos da casa. Dos números, é provável que ele nem vá se lembrar.


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