Reinaldo Carneiro Bastos, presidente da Federação Paulista de Futebol, convocou uma reunião entre Julio Casares e Leila Pereira, mandatários de São Paulo e Palmeiras, na última quarta-feira (6), para que as partes se acertassem após o conturbado clássico realizado na noite do último domingo (3), no Estádio do Morumbi. A informação foi apurada pela ESPN. A reportagem soube ainda que a conversa entre os dois dirigentes foi cordial e teve como foco uma diminuição na temperatura dos ânimos, uma vez que haverá outros clássicos entre as duas equipes ao longo dos meses. Apesar do encontro ter sido realizado para “aparar as arestas”, a FPF também se prontificou a intermediar a organização dos próximos clássicos entre os dois rivais. A ideia da entidade é que as delegações cheguem em paz aos estádios, e que haja um trabalho coletivo entre São Paulo e Palmeiras para que sejam evitados "ruídos de comunicação" e problemas nos confrontos.
Mesmo com o encontro tendo sido considerado "positivo" pelos envolvidos, Leila Pereira e o Palmeiras não abrem mão de uma punição a Carlos Belmonte, diretor de futebol do São Paulo, que chamou o técnico Abel Ferreira de “português de m****” em vídeo vazado do pós-jogo no Morumbi. A ESPN informou que o treinador alviverde espera que o cartola são-paulino receba uma punição do TJD-SP (Tribunal de Justiça Desportiva de São Paulo), da mesma forma que o próprio luso já foi punido diversas vezes tanto pelo Tribunal paulista quanto pelo STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) nos últimos anos.
Segundo pessoas ouvidas pela reportagem, o treinador entende que, sempre que cometeu erros em campo e nos bastidores, foi punido pela Justiça desportiva. Agora, ele deseja que o cartola são-paulino receba tratamento igual. Ainda de acordo com apuração, Abel ainda estuda se iniciará um processo criminal contra Belmonte por xenofobia e discriminação. O Palmeiras colocou seu corpo jurídico à disposição de Abel, caso o luso queira seguir em frente na Justiça comum contra Belmonte.
Ainda na última quarta-feira, o TJD-SP protocolou denúncia contra o São Paulo, três dirigentes, três jogadores e um membro da comissão técnica por conta da confusão ocorrida no túnel dos vestiários do Morumbis. Estão na lista de denunciados: os jogadores Jonathan Calleri, Rafinha e Wellington Rato, o presidente Julio Casares, o diretor adjunto Fernando Bracalle Ambrogi, o diretor de futebol Carlos Belmonte e o auxiliar técnico Estéphano Neto. Todos esses personagens foram enquadrados no artigo 258, inciso 2, do CBJD (Código Brasileiro de Justiça Desportiva), que fala em "desrespeitar os membros da equipe de arbitragem ou reclamar desrespeitosamente contra suas decisões". A punição nesse caso pode ser uma suspensão de uma a seis partidas (para jogadores ou membros da comissão técnica) ou 15 a 180 dias (para dirigentes e outros membros da delegação).
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