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Teixeira sobre mudança no calendário: 'Não podemos fazer em cima dos joelhos'

Presidente da CBF vê dificuldades na adaptação ao modelo europeu e crê que saída de jogadores só será combatida com nova gestão nos clubes

O presidente da Confederação Brasileira de Futebol, Ricardo Teixeira, não mostrou muita confiança sobre a possibilidade de adequar o calendário nacional ao europeu. Apesar de falar abertamente que é favorável à mudança, o dirigente lembrou que precisa do apoio dos clubes e de outros setores para que isso seja realizado.

- Não podemos fazer em cima dos joelhos. Já falei há uns dois anos que se dependesse somente de mim mudaria com uma canetada apenas. Mas a televisão tem os contratos comerciais que não podem ser alterados e precisamos ouvir os clubes também. Vamos estudar os prós e os contras – afirmou.

Teixeira lembrou ainda que a equiparação ao calendário europeu traria mudanças drásticas até mesmo na cultura do brasileiro. Com o Campeonato Brasileiro começando em agosto, algumas partidas precisariam ser disputadas em datas próximas ao Natal e até mesmo no Carnaval.

- Precisamos ter a consciência de que, mudando o calendário, passaríamos a ter jogos no dia 23 de dezembro e no domingo de Carnaval, com as escolas de samba na avenida. E aqui temos uma particularidade que nenhum outro lugar do mundo tem: os torneios estaduais – acrescentou.

O dirigente não acredita que a mudança possa reduzir drasticamente a saída de jogadores para a Europa, já que outros locais que não fazem parte da janela de negociações também estão à procura de atletas brasileiros.

- A janela tem uma importância relativa. Não me recordo o nome, mas o Flamengo está vendendo um jogador para um clube que não é da janela. Tem esses da ex-União Soviética também. A janela se restringe apenas à Espanha e outros países – ressaltou.

O mandatário da CBF aposta ainda em uma alteração administrativa nos clubes para reduzir o êxodo de atletas durante as competições.

- O que precisa existir é uma mudança estrutural na gestão dos clubes. Muitos vendem seus jogadores para cobrir dívidas. O que não pode acontecer é o que está havendo na Argentina. O campeonato não começou porque os clubes não têm dinheiro para pagar os salários – completou.

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