O jornalista e apresentador Márcio Trevisan conta a pressão exercida pelo São Paulo para quero Palestra Itália mudasse de nome e, se não acabasse a ordem, perdesse seu estádio.
Como se sabe, o Brasil se uniu ao Aliados já com a II Guerra Mundial em andamento. Por isso, por decisão do então presidente Getúlio Vargas e também devido a uma enorme pressão popular, o Palestra Itália se viu obrigado a ceder em alguns pontos, dentre estes a mudança do nome ? a palavra ?Itália?, então inimiga brasileira, teria de ser excluída.
LEIA TAMBÉM: "Nunca me senti tão humilhado em 35 anos de devoção ao clube"
Por mais que se esforçassem, os dirigentes palestrinos não conseguiam entender por que o Governo Federal exigia a mudança do nome do clube. Mas não houve como não acatar a ordem governamental, pois a punição seria terrível: entidades que não se adaptassem às exigências federais, incluída aí a mudança do nome, deveriam ficar cientes de que poderiam ter seu patrimônio tomado pelo Governo que, em seguida, o leiloaria. E foi então que cresceram os olhos de um dos principais rivais palestrinos da época.
Ainda uma criança, visto que contava apenas 12 anos, o São Paulo FC já tinha, porém, objetivos de grandeza. Mas para se tornar a potência que sonhava ser e se tornaria pouco depois, o clube precisava de um estádio de futebol. A sensação de inferioridade perante Palestra Itália, Corinthians e Portuguesa, só para citarmos alguns exemplos, incomodava o Tricolor. Desta forma, nada mais interessante aos são-paulinos que unirem o útil ao agradável: se não mudasse de nome, o Palestra perderia o Parque Antarctica que, em leilão, poderia acabar nas mãos do então principal rival.
Talvez tenha sido este o principal motivo que levou o então presidente palestrino, Ítalo Adami, a aceitar a mudança no nome, ainda que isso ferisse, como já dissemos, o orgulho de cada italiano e de cada brasileiro que, de uma forma ou de outra, fazia parte do clube. Mas, já que a Nação parecia ultrajada com o a palavra "Itália", que fosse ela, então, suprimida da denominação do alviverde. A partir de então, o Palestra Itália passaria a se chamar "Palestra de São Paulo". E para dar um tom ainda mais brasileiro ao clube, o símbolo passaria a ter as cores verde e amarela.
Tudo resolvido? De início pensou-se que sim, mas em pouco tempo se viu que não. O Governo Federal até que se deu por satisfeito com a mudança, mas como dissemos havia um outro interessado nesta história. Ainda de olho no Parque Antarctica, dirigentes são-paulinos, comandados por Porfírio da Paz, lideraram uma campanha popular exigindo alterações ainda mais extensas, como retirar também a palavra ?Palestra? do nome oficial do clube, muito embora o substantivo não seja de origem italiana e nem mesmo latina, mas sim grega. Tinham os tricolores a certeza de que a diretoria não aceitaria mais esta alteração e que, diante da postura que ela certamente tomaria, os governantes do País poderiam tomar o patrimônio e em seguida todo ele passar às mãos são-paulinas.
O clima de beligerância contra o nosso clube crescia a cada dia. Várias foram as vezes em que o Parque Antarctica se sentiu ameaçado de invasão e depredação (houve, segundo jornais da época, até mesmo um abraço simbólico Ao Parque Antártica reunindo várias personalidades, inclusive de clubes rivais). Mas, aos poucos, os homens que comandavam o clube perceberem que não haveria outra saída a não ser mais esta mudança, desta vez brutal. Só isso poria fim à onda de protestos da qual o clube vinha sendo alvo principal e acabaria com o sonho são-paulino de ?ganhar? o estádio.
E assim se fez. Reunidos na sexta-feira, 18 de setembro de 1942, os dirigentes resolveram tomar duas decisões radicais: a partir de então, também a palavra "Palestra" deixaria de existir e o vermelho seria suprimido da camisa. Aproveitou-se a letra "P", que já existia no símbolo, e se decidiu que o novo nome seria "Palmeiras", numa homenagem a uma antiga equipe paulista que sempre mantivera com os palestrinos uma relação de amizade e respeito: a Associação Atlética das Palmeiras (curiosamente, uma das precursoras do São Paulo FC).
Sem o vermelho, sem o Palestra e o sem o Itália, o Palmeiras ficou apenas com o verde e o branco. E também com o Parque Antarctica. Para sempre.
Menon: vale este!!!
Como se sabe, o Brasil se uniu ao Aliados já com a II Guerra Mundial em andamento. Por isso, por decisão do então presidente Getúlio Vargas e também devido a uma enorme pressão popular, o Palestra Itália se viu obrigado a ceder em alguns pontos, dentre estes a mudança do nome ? a palavra ?Itália?, então inimiga brasileira, teria de ser excluída.
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Por mais que se esforçassem, os dirigentes palestrinos não conseguiam entender por que o Governo Federal exigia a mudança do nome do clube. Mas não houve como não acatar a ordem governamental, pois a punição seria terrível: entidades que não se adaptassem às exigências federais, incluída aí a mudança do nome, deveriam ficar cientes de que poderiam ter seu patrimônio tomado pelo Governo que, em seguida, o leiloaria. E foi então que cresceram os olhos de um dos principais rivais palestrinos da época.
Ainda uma criança, visto que contava apenas 12 anos, o São Paulo FC já tinha, porém, objetivos de grandeza. Mas para se tornar a potência que sonhava ser e se tornaria pouco depois, o clube precisava de um estádio de futebol. A sensação de inferioridade perante Palestra Itália, Corinthians e Portuguesa, só para citarmos alguns exemplos, incomodava o Tricolor. Desta forma, nada mais interessante aos são-paulinos que unirem o útil ao agradável: se não mudasse de nome, o Palestra perderia o Parque Antarctica que, em leilão, poderia acabar nas mãos do então principal rival.
Talvez tenha sido este o principal motivo que levou o então presidente palestrino, Ítalo Adami, a aceitar a mudança no nome, ainda que isso ferisse, como já dissemos, o orgulho de cada italiano e de cada brasileiro que, de uma forma ou de outra, fazia parte do clube. Mas, já que a Nação parecia ultrajada com o a palavra "Itália", que fosse ela, então, suprimida da denominação do alviverde. A partir de então, o Palestra Itália passaria a se chamar "Palestra de São Paulo". E para dar um tom ainda mais brasileiro ao clube, o símbolo passaria a ter as cores verde e amarela.
Tudo resolvido? De início pensou-se que sim, mas em pouco tempo se viu que não. O Governo Federal até que se deu por satisfeito com a mudança, mas como dissemos havia um outro interessado nesta história. Ainda de olho no Parque Antarctica, dirigentes são-paulinos, comandados por Porfírio da Paz, lideraram uma campanha popular exigindo alterações ainda mais extensas, como retirar também a palavra ?Palestra? do nome oficial do clube, muito embora o substantivo não seja de origem italiana e nem mesmo latina, mas sim grega. Tinham os tricolores a certeza de que a diretoria não aceitaria mais esta alteração e que, diante da postura que ela certamente tomaria, os governantes do País poderiam tomar o patrimônio e em seguida todo ele passar às mãos são-paulinas.
O clima de beligerância contra o nosso clube crescia a cada dia. Várias foram as vezes em que o Parque Antarctica se sentiu ameaçado de invasão e depredação (houve, segundo jornais da época, até mesmo um abraço simbólico Ao Parque Antártica reunindo várias personalidades, inclusive de clubes rivais). Mas, aos poucos, os homens que comandavam o clube perceberem que não haveria outra saída a não ser mais esta mudança, desta vez brutal. Só isso poria fim à onda de protestos da qual o clube vinha sendo alvo principal e acabaria com o sonho são-paulino de ?ganhar? o estádio.
E assim se fez. Reunidos na sexta-feira, 18 de setembro de 1942, os dirigentes resolveram tomar duas decisões radicais: a partir de então, também a palavra "Palestra" deixaria de existir e o vermelho seria suprimido da camisa. Aproveitou-se a letra "P", que já existia no símbolo, e se decidiu que o novo nome seria "Palmeiras", numa homenagem a uma antiga equipe paulista que sempre mantivera com os palestrinos uma relação de amizade e respeito: a Associação Atlética das Palmeiras (curiosamente, uma das precursoras do São Paulo FC).
Sem o vermelho, sem o Palestra e o sem o Itália, o Palmeiras ficou apenas com o verde e o branco. E também com o Parque Antarctica. Para sempre.
Menon: vale este!!!
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