Léo Rizzo, no seu camarote FielZone, na Neo Química Arena
Imagem: Diego Iwata Lima/ UOL
Léo Rizzo, 39 anos, caminhava com a reportagem do UOL Esporte pelo FielZone, seu camarote na Neo Química Arena, do Corinthians, já lotado horas antes da primeira final da Copa do Brasil, em 12 de outubro, uma quarta-feira. De repente, um segurança o parou, quando ele tentava entrar na área onde está localizada a jacuzzi do estádio.
"Eu sou o Léo", disse para o profissional, que seguia olhando para ele com cara de interrogação. Até que uma pessoa que passava por perto esclareceu a questão: "Ele é o dono do camarote". Mas pode chamá-lo também de 'Rei dos Camarotes'. Hoje, ele é o único empresário com camarotes no Allianz Parque, na Neo Química Arena e no Morumbi.
LEIA TAMBÉM: Na mira do West Ham, Luizão avisa São Paulo que não vai renovar contrato
Léo, de fala tranquila, não se incomodou de ter sido barrado. E nem dá para culpar o segurança por tê-lo feito. Embora seja o proprietário e presidente da holding Soccer Hospitality, ele trabalha sem parar até nos dias de jogos, e não veste nenhuma roupa de grife. Simples, o empresário realmente passa despercebido entre tantas outras pessoas trabalhando no local.
De camiseta preta, calça jeans, tênis e fone de rádio-transmissor no ouvido, Léo não para um segundo. "Eu nem assisto aos jogos", disse à reportagem. Enquanto a bola rola, ele vai de uma parte para outra do camarote checando se algum alimento está em falta, se há fila na porta de entrada, se a mesa de frios está completa, se os convidados chegaram, enfim, se tudo está correndo bem.
Casado com Layla, uma bancária com rotina "normal", Léo costuma estar nos camarotes nos dias de jogos e, portanto, de operação. "Não é fácil. São pelo menos três jogos por semana, além de noites e finais de semana fora de casa", conta. "Ainda bem que sou casado com uma parceiraça", diz.
Trio de Ferro leva mais de 65 mil torcedores aos camarotes por ano
Os três grandes estádios da cidade de São Paulo contam com camarotes concebidos por Léo Rizzo. Além do FielZone, são dele o Fanzone, no Allianz Parque (Palmeiras) e o Camarote dos Ídolos, no Morumbi (São Paulo). Sem mencionar o Camarote 011, do Sambódromo do Anhembi, na capital paulista.
No dia da primeira partida da final contra o Flamengo, os preços dos ingressos variavam entre R$ 900 a até exorbitantes R$ 50 mil (para até dez pessoas), para quem quisesse ver o jogo de dentro da jacuzzi aquecida.
"A jacuzzi comporta quatro pessoas, mas por esse preço, dez pessoas podem ficar no espaço reservado. É um camarote dentro do camarote", explicou Léo. Em dias normais, o espaço que quase sempre é vendido, custa R$ 35 mil.
Por R$ 2200, era possível ainda assistir à partida num outro camarote à parte dentro do FielZone, ao lado do ídolo alvinegro Marcelinho Carioca. O ex-jogador, bem como todos ídolos do passado que comparecem aos camarotes, não recebem nada pela presença.
Na noite da decisão entre Corinthians e Flamengo, o FielZone oferecia aos presentes serviço de barbearia, mesa de sinuca, show de pagode e até um estúdio de tatuagem. O sistema all inclusive trazia de cachorro-quente a paella naquela noite. As bebidas alcoólicas foram servidas até duas horas antes do início do jogo, e recomeçaram a ser oferecidas assim que a partida acabou.
Segundo Léo, cerca de 60 mil torcedores diferentes passam pelo FielZone e pelo Camarote dos Ídolos por ano, somados —outros 5 mil frequentadores passam pelo Fanzone. As ocupações médias dos três camarotes rondam os 70%. Além dos jogos, os locais também são alugados para eventos corporativos e festas, quando as agendas dos estádios permitem.
Em um final de semana, cerca de 600 pessoas trabalham para a holding de Rizzo em esquema freelancer. Hoje, a empresa tem aproximadamente 120 funcionários fixos.
Revolução em 22 anos e expansão para outros Estados
Os estádios do Aflitos, no Recife (PE), e do Maracanã, no Rio de Janeiro, são os próximos que terão camarotes no portfólio do empresário, que há 22 anos, quando ainda tinha 18, possuía como escritório uma mesa dentro do acampamento Himalaia. De lá, vendia festas infantis para os pais dos garotos que passavam férias no local.
Tradicional nos anos 90 e começos dos anos 2000, o Himalaia tinha como proprietário um dos filhos do Dr. Osmar de Oliveira, que além de médico do Corinthians, foi narrador e comentarista esportivo —apenas uma coincidência, já que naquela época, Léo ainda não imaginava que o esporte seria tão presente em sua vida futura.
Em um ano e meio, Léo começou a realizar também festas em geral. Foi num evento particular no famoso condomínio Alphaville, na Grande São Paulo, que ele conheceu uma pessoa que se apresentou como executivo da CBF. "Ele disse que havia gostado do serviço e me pediu um cartão", contou.
Pouco tempo depois, após fazer alguns eventos e cair nas graças dos cartolas, já era o responsável pelas bebidas da festa de fim de ano da Federação Paulista de Futebol. Um contato puxou o outro, e Léo, aos poucos, entrou de vez no mercado de eventos do mundo futebolístico.
Com o crescimento da coquetelaria no mundo dos eventos, ele logo abandonaria as festas de criança para investir somente no eventos para o público adulto. Entre 2005 e 2006, quando os bartenders e mixologistas (especialistas em drinks) se tornaram moda, Léo chegou a realizar 40 eventos num sábado comum, e até criou uma escola de formação para profissionais do tipo, que já não existe mais.
"Em 2005, 2006, comecei com alguns eventos esporádicos, como um camarote da Samsung no Palestra Itália, um ou outro evento no Morumbi", relembrou. Em 2008, com o advento das Eliminatórias para a Copa de 2010, ele montou o camarote dos patrocinadores da CBF e fundou a Soccer Hospitality. "Meu primeiro evento no mundo de futebol foi no Palestra Itália", conta.
A empresa não parava de crescer. Na Copa da África do Sul, Léo foi contratado pela CBF para montar a sala de imprensa e a zona de entrevistas coletivas.
"Aquela discussão do Dunga com o Alex Escobar [apresentador da Rede Globo] foi na sala que montei em Joanesburgo", contou Léo, entre risos. "Encontrei uma empresa lá que pertencia a portugueses, acabou sendo até fácil montar a estrutura."
Estádios pelo mundo trouxeram inspiração
Com a expertise adquirida, Léo esfregou as mãos pensando na Copa do Mundo de 2014. Se até na África do Sul, ele conseguiu montar eventos, imagine no Brasil. "Mas aí, eu tomei um tombo. Porque o comitê organizador contratou uma única empresa estrangeira com exclusividade", afirmou Léo.
Ele então foi viajar, conhecer experiências diferentes em novas arenas e novas modalidades, como NHL, Champions League, NBA e NFL. "Foi num jogo do Jacksonville Jaguars [time de futebol americano do Estado da Flórida] que vi a famosa jacuzzi que eu depois traria para o FielZone", revelou.
Em 2016, Léo entraria no Morumbi com um pub, alugando um camarote para montar o espaço. No ano seguinte, estava com o Fanzone no Allianz Parque, o primeiro e maior camarote do tipo na arena inaugurada em novembro de 2014, para 96 lugares. E, em 2019, viria o FielZone, o maior dos três camarotes.
Apostou alto no cenário pós-pandemia
A pandemia fez com que muitos empresários freassem investimentos em 2020. Mas o Rei dos Camarotes decidiu tomar a contramão e se aproveitar do acontecimento. Apostando que, um dia, as coisas voltariam ao normal, o empresário encontrou os parceiros mais dispostos e menos exigentes que o normal para negociar.
Em 2020, em acordo com o presidente Julio Casares, negociou a criação do "Camarote dos Ídolos" no estádio do Morumbi, para 1100 pessoas. Mesmo ano em que bancou a construção de uma choperia na Neo Química Arena, um andar abaixo do FielZone, quando a possibilidade da volta de público aos estádios era uma mera utopia.
O "Camarote dos Ídolos" tem um clima parecido com o do FielZone, mas num espaço mais reduzido. Assim como no camarote corintiano, há ali muita reverência à história e aos símbolos do clube. A reportagem esteve no local na noite em que o São Paulo venceu o Coritiba por 3 a 1, pelo Brasileirão, no último dia 20. Cerca de três horas antes do jogo, o pagode já tocava alto e muitos torcedores aproveitavam o local.
Menor entre as três joias da coroa de Rizzo, o Fanzone do Allianz Parque também vai passar por ampliações. Hoje, o empreendimento ocupa oito camarotes do estádio, concebidos para receber cerca de dez pessoas. Sem espaço para crescer no andar em que está, a tendência é o camarote invadir outros andares do estádio palmeirense.
Além do carioca Maracazone (nome provisório) e do camarote do estádio dos Aflitos, a Soccer Hospitality quer ampliar sua atuação para outros Estados do Brasil e para outras cidades de São Paulo.
"A ideia é fazer sempre os camarotes de acordo com a cultura local. Meu objetivo, além de vender experiências para os clientes, é ajudar a dar vida para as arenas", disse sua 'majestade' Léo Rizzo.
Rei, Camarotes, domina, estádios, SP
Imagem: Diego Iwata Lima/ UOL
Léo Rizzo, 39 anos, caminhava com a reportagem do UOL Esporte pelo FielZone, seu camarote na Neo Química Arena, do Corinthians, já lotado horas antes da primeira final da Copa do Brasil, em 12 de outubro, uma quarta-feira. De repente, um segurança o parou, quando ele tentava entrar na área onde está localizada a jacuzzi do estádio.
"Eu sou o Léo", disse para o profissional, que seguia olhando para ele com cara de interrogação. Até que uma pessoa que passava por perto esclareceu a questão: "Ele é o dono do camarote". Mas pode chamá-lo também de 'Rei dos Camarotes'. Hoje, ele é o único empresário com camarotes no Allianz Parque, na Neo Química Arena e no Morumbi.
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Léo, de fala tranquila, não se incomodou de ter sido barrado. E nem dá para culpar o segurança por tê-lo feito. Embora seja o proprietário e presidente da holding Soccer Hospitality, ele trabalha sem parar até nos dias de jogos, e não veste nenhuma roupa de grife. Simples, o empresário realmente passa despercebido entre tantas outras pessoas trabalhando no local.
De camiseta preta, calça jeans, tênis e fone de rádio-transmissor no ouvido, Léo não para um segundo. "Eu nem assisto aos jogos", disse à reportagem. Enquanto a bola rola, ele vai de uma parte para outra do camarote checando se algum alimento está em falta, se há fila na porta de entrada, se a mesa de frios está completa, se os convidados chegaram, enfim, se tudo está correndo bem.
Casado com Layla, uma bancária com rotina "normal", Léo costuma estar nos camarotes nos dias de jogos e, portanto, de operação. "Não é fácil. São pelo menos três jogos por semana, além de noites e finais de semana fora de casa", conta. "Ainda bem que sou casado com uma parceiraça", diz.
Trio de Ferro leva mais de 65 mil torcedores aos camarotes por ano
Os três grandes estádios da cidade de São Paulo contam com camarotes concebidos por Léo Rizzo. Além do FielZone, são dele o Fanzone, no Allianz Parque (Palmeiras) e o Camarote dos Ídolos, no Morumbi (São Paulo). Sem mencionar o Camarote 011, do Sambódromo do Anhembi, na capital paulista.
No dia da primeira partida da final contra o Flamengo, os preços dos ingressos variavam entre R$ 900 a até exorbitantes R$ 50 mil (para até dez pessoas), para quem quisesse ver o jogo de dentro da jacuzzi aquecida.
"A jacuzzi comporta quatro pessoas, mas por esse preço, dez pessoas podem ficar no espaço reservado. É um camarote dentro do camarote", explicou Léo. Em dias normais, o espaço que quase sempre é vendido, custa R$ 35 mil.
Por R$ 2200, era possível ainda assistir à partida num outro camarote à parte dentro do FielZone, ao lado do ídolo alvinegro Marcelinho Carioca. O ex-jogador, bem como todos ídolos do passado que comparecem aos camarotes, não recebem nada pela presença.
Na noite da decisão entre Corinthians e Flamengo, o FielZone oferecia aos presentes serviço de barbearia, mesa de sinuca, show de pagode e até um estúdio de tatuagem. O sistema all inclusive trazia de cachorro-quente a paella naquela noite. As bebidas alcoólicas foram servidas até duas horas antes do início do jogo, e recomeçaram a ser oferecidas assim que a partida acabou.
Segundo Léo, cerca de 60 mil torcedores diferentes passam pelo FielZone e pelo Camarote dos Ídolos por ano, somados —outros 5 mil frequentadores passam pelo Fanzone. As ocupações médias dos três camarotes rondam os 70%. Além dos jogos, os locais também são alugados para eventos corporativos e festas, quando as agendas dos estádios permitem.
Em um final de semana, cerca de 600 pessoas trabalham para a holding de Rizzo em esquema freelancer. Hoje, a empresa tem aproximadamente 120 funcionários fixos.
Revolução em 22 anos e expansão para outros Estados
Os estádios do Aflitos, no Recife (PE), e do Maracanã, no Rio de Janeiro, são os próximos que terão camarotes no portfólio do empresário, que há 22 anos, quando ainda tinha 18, possuía como escritório uma mesa dentro do acampamento Himalaia. De lá, vendia festas infantis para os pais dos garotos que passavam férias no local.
Tradicional nos anos 90 e começos dos anos 2000, o Himalaia tinha como proprietário um dos filhos do Dr. Osmar de Oliveira, que além de médico do Corinthians, foi narrador e comentarista esportivo —apenas uma coincidência, já que naquela época, Léo ainda não imaginava que o esporte seria tão presente em sua vida futura.
Em um ano e meio, Léo começou a realizar também festas em geral. Foi num evento particular no famoso condomínio Alphaville, na Grande São Paulo, que ele conheceu uma pessoa que se apresentou como executivo da CBF. "Ele disse que havia gostado do serviço e me pediu um cartão", contou.
Pouco tempo depois, após fazer alguns eventos e cair nas graças dos cartolas, já era o responsável pelas bebidas da festa de fim de ano da Federação Paulista de Futebol. Um contato puxou o outro, e Léo, aos poucos, entrou de vez no mercado de eventos do mundo futebolístico.
Com o crescimento da coquetelaria no mundo dos eventos, ele logo abandonaria as festas de criança para investir somente no eventos para o público adulto. Entre 2005 e 2006, quando os bartenders e mixologistas (especialistas em drinks) se tornaram moda, Léo chegou a realizar 40 eventos num sábado comum, e até criou uma escola de formação para profissionais do tipo, que já não existe mais.
"Em 2005, 2006, comecei com alguns eventos esporádicos, como um camarote da Samsung no Palestra Itália, um ou outro evento no Morumbi", relembrou. Em 2008, com o advento das Eliminatórias para a Copa de 2010, ele montou o camarote dos patrocinadores da CBF e fundou a Soccer Hospitality. "Meu primeiro evento no mundo de futebol foi no Palestra Itália", conta.
A empresa não parava de crescer. Na Copa da África do Sul, Léo foi contratado pela CBF para montar a sala de imprensa e a zona de entrevistas coletivas.
"Aquela discussão do Dunga com o Alex Escobar [apresentador da Rede Globo] foi na sala que montei em Joanesburgo", contou Léo, entre risos. "Encontrei uma empresa lá que pertencia a portugueses, acabou sendo até fácil montar a estrutura."
Estádios pelo mundo trouxeram inspiração
Com a expertise adquirida, Léo esfregou as mãos pensando na Copa do Mundo de 2014. Se até na África do Sul, ele conseguiu montar eventos, imagine no Brasil. "Mas aí, eu tomei um tombo. Porque o comitê organizador contratou uma única empresa estrangeira com exclusividade", afirmou Léo.
Ele então foi viajar, conhecer experiências diferentes em novas arenas e novas modalidades, como NHL, Champions League, NBA e NFL. "Foi num jogo do Jacksonville Jaguars [time de futebol americano do Estado da Flórida] que vi a famosa jacuzzi que eu depois traria para o FielZone", revelou.
Em 2016, Léo entraria no Morumbi com um pub, alugando um camarote para montar o espaço. No ano seguinte, estava com o Fanzone no Allianz Parque, o primeiro e maior camarote do tipo na arena inaugurada em novembro de 2014, para 96 lugares. E, em 2019, viria o FielZone, o maior dos três camarotes.
Apostou alto no cenário pós-pandemia
A pandemia fez com que muitos empresários freassem investimentos em 2020. Mas o Rei dos Camarotes decidiu tomar a contramão e se aproveitar do acontecimento. Apostando que, um dia, as coisas voltariam ao normal, o empresário encontrou os parceiros mais dispostos e menos exigentes que o normal para negociar.
Em 2020, em acordo com o presidente Julio Casares, negociou a criação do "Camarote dos Ídolos" no estádio do Morumbi, para 1100 pessoas. Mesmo ano em que bancou a construção de uma choperia na Neo Química Arena, um andar abaixo do FielZone, quando a possibilidade da volta de público aos estádios era uma mera utopia.
O "Camarote dos Ídolos" tem um clima parecido com o do FielZone, mas num espaço mais reduzido. Assim como no camarote corintiano, há ali muita reverência à história e aos símbolos do clube. A reportagem esteve no local na noite em que o São Paulo venceu o Coritiba por 3 a 1, pelo Brasileirão, no último dia 20. Cerca de três horas antes do jogo, o pagode já tocava alto e muitos torcedores aproveitavam o local.
Menor entre as três joias da coroa de Rizzo, o Fanzone do Allianz Parque também vai passar por ampliações. Hoje, o empreendimento ocupa oito camarotes do estádio, concebidos para receber cerca de dez pessoas. Sem espaço para crescer no andar em que está, a tendência é o camarote invadir outros andares do estádio palmeirense.
Além do carioca Maracazone (nome provisório) e do camarote do estádio dos Aflitos, a Soccer Hospitality quer ampliar sua atuação para outros Estados do Brasil e para outras cidades de São Paulo.
"A ideia é fazer sempre os camarotes de acordo com a cultura local. Meu objetivo, além de vender experiências para os clientes, é ajudar a dar vida para as arenas", disse sua 'majestade' Léo Rizzo.
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