Rogério Ceni, técnico do São Paulo, no jogo contra o Corinthians — Foto: Marcello Zambrana/AGIF

Em uma longa resposta longa ao ser questionado sobre seu papel de tentar fazer o São Paulo evoluir, o técnico Rogério Ceni relembrou sua trajetória no clube como atleta e afirmou que aceita abrir mão de sua multa rescisória caso o clube decida demiti-lo se ele não vencer a Copa Sul-Americana.



A equipe joga a final do torneio no dia 1º de outubro, conta o Independiente del Valle, em Córdoba, na Argentina.


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– Eu tento fazer meu melhor todos os dias porque aqui foi minha vida – afirmou ele, citando períodos de glória, como entre 1992 e 1994 e 2005 e 2008, quando venceu títulos do Brasileiro, da Libertadores e do Mundial.

Ele, então, citou atrasos nos pagamentos e a pressão do cargo para explicar o que o motiva a defender o São Paulo.

– Você acha que eu trabalho aqui pelo meu salário? Que eu estou preocupado com os meses que estão atrasados de imagem? Eu estou aqui para ajudar. Se eu não sou o cara certo... treinador no Brasil tem de monte.

– Acha que eu estou preocupado com minha multa rescisória? Façamos o seguinte: dia primeiro (de outubro), se não ganhar (a Sul-Americana), abro mão da minha multa rescisória e vou embora sem problema.

Na resposta, Ceni brincou com uma declaração recente de Vitor Pereira, técnico do Corinthians, rival deste domingo, que afirmou que já tinha sua situação financeira resolvida e que não estava no clube pelo dinheiro.

– Não vou dizer igual o Vitor Pereira, que tem mais dinheiro que eu, recebe em euro, com todo respeito e admiração por ele, mas minha conta não é igual à do Vitor Pereira. Mas sou apaixonado pelo que faço. A responsabilidade é minha, e dia 2, se eu não ganhar o título e quiserem me mandar embora, eu abro mão da minha multa rescisória – reforçou.

A declaração tem como pano de fundo a insatisfação de Ceni com comentários de que ele poderia ter se demitido se não tivesse passado pelo Atlético-GO na semifinal da Copa Sul-Americana.

Na resposta, o treinador reforçou seu papel na reconstrução do São Paulo, que nos últimos dez anos ganhou apenas um Campeonato Paulista e que atualmente vive em crise financeira.



– Eu sei que tem atrasado, mas eles vão pagar, são ponta firme. Vou tentar fazer o time ser campeão, trazer a honra, o orgulho de volta. Por isso vou batalhar, tentar fazer o São Paulo campeão. Não precisa me dar dinheiro de multa. (Depois da final) se quiser continuar, continuamos – concluiu.

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