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Fernando Sarney, filho do ex-presidente José Sarney, é um dos oito vices da CBF e um dos quatro representantes da América do Sul no Conselho da Fifa, importante grupo que define as diretrizes da modalidade.
Considerado discreto, e de bom trânsito com vários entes (clubes, federações, associações de atletas e árbitros, além de políticos), Sarney hoje é quem, na visão de alguns cartolas ouvidos pela coluna, teria melhores condições para tocar a CBF em um momento de transição no qual se desenha a criação de uma Liga para organizar o Brasileirão.
A questão é se Sarney toparia assumir a função e nenhum dos ouvidos ousou cravar que sim. Há dois cenários para a realização de eleições nos próximos meses na CBF:
1) A Comissão de Ética decide que Caboclo deve ser afastado definitivamente e a Assembleia convocada ratifica — com as federações estaduais definindo. Depois o presidente interino, Antônio Carlos Nunes, convoca nova Assembleia, desta vez para eleger quem comandará a entidade até o fim do mandato. Votariam federações e clubes das Séries A e B, mas com peso diferente — quem decide o pleito, no fim, são os cartolas estaduais. Só os oito vices, entre eles Sarney, podem se candidatar.
2) A decisão judicial que afastou o comando da CBF é mantida e os possíveis interventores, o presidente da Federação Paulista, Reinaldo Carneiro Bastos, e do Flamengo, Rodolfo Landim, indicam um presidente interino, entre os vices, e convocam uma nova eleição. Nesse cenário seria preciso realizar mudança no modus operandi da eleição, dando peso igual de votos a clubes e federações.
Quem comandará a CBF nos próximos meses é importante para a definição do que será a Liga de clubes. A coluna apurou que se alguém que agrade aos clubes assumir, como Sarney, e algumas demandas sobre calendário (evitar coincidência de datas entre jogos da seleção e da Série A) e arbitragem (maior transparência com o VAR) forem atendidas, a associação dos clubes pode até perder força.
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