Foram apenas nove jogos, com sete vitórias, um empate e uma derrota, mas Hernán Crespo até aqui tem recebido a confiança do torcedor, que espera quebrar o jejum de títulos que já dura nove anos.
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Mais do que isso, o argentino, que iniciou seu trabalho em 28 de fevereiro, há pouco menos de dois meses, mudou alguns aspectos do time em campo que empolgaram o torcedor e se mostraram efetivos até aqui.
O ESPN.com.br separou cinco fatores que Crespo modificou no time e podem explicar o bom início de trabalho do técnico argentino.
1 - A defesa
Possivelmente o setor mais criticado na 'era Fernando Diniz', a defesa com Crespo tem sido sólida. Na temporada 2020, o time sofreu 79 gols em 65 jogos, média de 1,22 por partida, a segunda pior das últimas 15 temporadas do Tricolor.
Com o argentino, o time passou a jogar na maioria das vezes com três zagueiros e levou apenas seis gols em nove partidas disputadas, sendo que não foi vazado nos jogos mais importantes até aqui: Palmeiras e Santos, no Paulista, e Sporting Cristal. na estreia da Conmebol Libertadores.
2 - Pablo
Contratação mais cara da história do clube (R$ 26,2 milhões), o atacante perder a titularidade para Luciano e Brenner, além de ser preterido até por Tréllez e Gonzalo Carneiro em 2020. Com Crespo no comando, parece ter recuperado o bom futebol e foi titular em 8 dos 9 jogos do argentino.
Mais do que isso, Pablo tem agradado por suas atuações e já marcou 3 gols em 2021, sendo dois em clássicos (Santos e Palmeiras).
3 - Daniel Alves na lateral
Desde que chegou ao São Paulo e vestiu a camisa 10, raras foram as vezes que Daniel Alves atuou em sua posição de origem e onde se tornou um dos melhores do mundo, na lateral direita. Com Diniz, isso foi praticamente inexistente, exceto por situações específicas em poucos jogos.
Por necessidade, Crespo colocou o veterano de 37 anos como ala no 3-5-2 nas duas últimas partidas, contra Palmeiras e Sporting Cristal, já que Igor Vinícius e Orejuela estão lesionados. E Daniel Alves correspondeu, tendo um roubo de bola e assistência contra o Alviverde e com uma atuação segura na estreia da Libertadores.
4 - Postura
Se com Fernando Diniz o time era mais conservador na hora de recuperar a bola, com Crespo o que se vê em campo são 90 minutos incessantes de marcação em busca da posse de bola quando ela está nos pés dos adversários.
O time de Crespo "morde" mais o rival do que antes. Em 9 jogos em 2021, o São Paulo está com uma média de 51,6 bolas recuperadas, de acordo com dados do Trumedia - a ferramenta de estatísticas avançadas de futebol da ESPN. Na temporada anterior, a média era de 46,7.
Além disso, o São Paulo teve êxito em 53,4% dos botes que deu em 2021, contra 41,6% em 2020, segundo dados do Trumedia.
5 - Rodagem do elenco
Diniz apostava na repetição e tinha quase sempre escalava os mesmos 11 titulares, mesmo com o incessante calendário apertado pela pandemia. Na hora de recorrer ao banco, quase sempre eram os mesmos jogadores utilizados também.
É fato que Crespo recebeu mais reforços, como Benítez, Orejuela, Éder e Miranda, mas o argentino tem rodado mais o elenco. Parte disso também por necessidade, já que o São Paulo encarou sequências com partidas a cada dois dias.
Se na temporada 2020 o time usou 37 jogadores diferentes, em 2021 já utilizou 30, com Crespo mudando o esquema tático, além de dar chances para garotos da base como Rodrigo Nestor, Rodrigo Freitas, Talles Costa e Galeano.
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