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O São Paulo saiu da casa do Colorado com gosto amargo depois do empate por 1 a 1. O time deixou de conquistar três pontos, pois jogou com um a mais desde os 14 minutos do segundo tempo, após justa expulsão de Zé Gabriel por carrinho forte em Igor Gomes.
O resultado levou o Tricolor aos 19 pontos na tabela do Brasileirão. É a quinta partida seguida sem vitórias da equipe de Fernando Diniz. O treinador segue pressionado para a decisão com o River Plate, nesta quarta-feira, pela Libertadores.
O time joga a vida na Argentina: uma derrota elimina o São Paulo na fase de grupos e um empate deixa o Tricolor praticamente fora. Isso porque dependeria de uma derrota do River e ainda teria de tirar 11 gols de saldo na última rodada.
O que deu certo
O São Paulo dominou a maior parte do jogo no Beira-Rio. Foi melhor, inclusive, quando o confronto era de 11 x 11, ainda na etapa inicial, mesmo ao sair atrás no placar. O time teve mérito ao reagir rápido: seis minutos de diferença entre os gols de Thiago Galhardo e Luciano.
A expulsão no segundo tempo só ampliou esse domínio. O volume de jogo ficou claro também nos números:
• Finalizações: Inter 4 x 18 São Paulo
• Posse de bola: Inter 43% x 57% São Paulo
O São Paulo conseguiu levar a melhor na maioria das vezes em que buscou a saída curta com troca de passes. Também levou dificuldade ao Inter quando pressionou na frente.
Foi justamente uma saída de bola com troca de passes, aliás, que gerou o lance da expulsão de Zé Gabriel por falta em Igor Gomes. O Tricolor ainda levou perigo quando acelerou o jogo para circular a bola e encontrar os espaços.
Até em lances nos quais errou na saída de bola, como por exemplo num toque equivocado de Igor Vinicius aos 25 minutos do segundo tempo, o time conseguiu pressionar rapidamente o Inter para retomar.
As cinco substituições de Fernando Diniz no jogo:
• Brenner no lugar de Pablo (intervalo);
• Paulinho Bóia na vaga de Léo (35 minutos do segundo tempo);
• Tréllez na vaga de Gabriel Sara (35 minutos do segundo tempo);
• Hernanes no lugar de Luciano (36 minutos do segundo tempo);
• Vitor Bueno lugar de Tchê Tchê (40 minutos do segundo tempo).
O que deu errado
Parece um filme repetido para o torcedor são-paulino, mas novamente o time não conseguiu converter as chances criadas em gols.
Tchê Tchê, Igor Vinicius e Daniel Alves tiveram boas chances de marcar o segundo gol do São Paulo, mas todos pararam no goleiro Marcelo Lomba. Só a cabeçada de Daniel Alves foi mais mérito do adversário na defesa do que incompetência do ataque.
Diniz tentou tornar o time mais incisivo na frente com as cinco substituições. Isso porque faltou mais agressividade ao São Paulo, com um a mais no segundo tempo. A pressão foi mais efetiva nos 10 minutos finais.
Como saiu o gol
Reinaldo bateu a falta cruzada na área, Pablo desviou de cabeça e Luciano completou para o gol. É o quinto dele em nove jogos. O atacante, aliás, agora é o terceiro artilheiro do elenco no ano, atrás de Daniel Alves (seis) e Pablo (sete).
O São Paulo agora decide a vida na fase de grupos da Libertadores. O duelo com o River Plate é de sobrevida ou morte. Quase um mata-mata.
A classificação do Grupo D está assim:
• LDU – 9 pontos
• River Plate – 7 pontos (saldo de gols: 11)
• São Paulo – 4 pontos (saldo de gols: zero)
• Binacional – 3 pontos
Para se classificar e seguir vivo na competição, o São Paulo precisa:
• Vencer o River Plate na Argentina, no próximo dia 30;
• Vencer o Binacional, no Morumbi, no dia 20 de outubro, e contar com um tropeço do River Plate diante da LDU, na Argentina. Um empate do Tricolor combinado com uma derrota do River para a LDU também serve. Em caso de vitória do River, o time precisaria tirar uma diferença de 11 gols no saldo.
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