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Os principais líderes do elenco sugeriram o nome do técnico e foram prontamente atendidos pela diretoria. Os jogadores e a comissão viam em Diniz um modelo de jogo que casava com as características do time, um futebol técnico e baseado na imposição pela posse de bola. No entanto, o que mais se destaca até aqui são os altos e baixos, até durante o mesmo jogo, e a repetição de problemas dos trabalhos anteriores.
Completando seu primeiro ano com um empate diante do Internacional por 1 a 1, no Beira-Rio, Diniz se tornou o treinador mais longevo da "era Leco", gestão iniciada na presidência em outubro de 2015. Porém, vale lembrar que parte desse tempo no cargo se deu em meio à paralisação do futebol pela pandemia de Covid-19, onde não houve partidas entre meados de março e julho.
E foi em coletiva após o empate diante do Inter que Diniz avaliou seu trabalho no São Paulo em aspectos negativos e positivos.
"Vou começar pelo aspecto negativo do time. Acho que a gente tem duas derrotas que nos pesam muito e de maneira justa. A do Binacional, na Libertadores, que era um jogo que tínhamos plenas condições de vencer, perdemos quatro ou cinco chances no primeiro tempo, e é um resultado que hoje nos pressiona muito. E, principalmente, o jogo contra o Mirassol. Um jogo muito atípico, no qual o time finalizou 24 vezes, o adversário finalizou quatro e a gente tomou três gols dentro de casa. Frustrou muito o nosso torcedor, toda a instituição, a mim e aos jogadores. A gente tem que saber responder tudo isso dentro de campo com resultados positivos", afirmou.
Já nos aspectos positivos, foi valorizado o desenvolvimento de jogadores desde que chegou ao Tricolor, principalmente com a promoção de atletas da base ao profissional.
"O São Paulo não fez nenhuma contratação, fez uma troca. A gente tirou alguns jogadores, deu uma enxugada na folha do time e promoveu muitos jogadores. O primeiro deles foi o Antony. Quando cheguei aqui, já fazia umas cinco partidas que estava no banco, em descrédito com o torcedor. É um jogador que saiu por um valor bastante considerável e que consegue hoje pagar as contas do clube. O Igor Gomes é outro jogador que se firmou, a gente tem o Diego jogando, tem o Sara se firmando, o Brenner se recuperando... Então, isso faz parte de um trabalho de profundidade que a gente procura fazer de melhorar os jogadores", analisou Diniz.
Diniz, além do aniversário, também vive nesse mês seu momento mais instável frente a equipe, com pressão intensa e questionamentos sobre a continuidade do trabalho, visto a situação delicada e o risco de não se classificar na Conmebol Libertadores, eliminação vexatória para o Mirassol na fase mata-mata do Campeonato Paulista e, além disso, resultados que "deixa escapar" com facilidade ou por teimosia.
Se antes da paralisação poderia ser observado um futebol embalado, no retorno das competições esse prestígio se perdeu totalmente. Após se despedir do Paulistão, o São Paulo entrou no Brasileiro em baixa, melhorou aos poucos com base nas mudanças de Fernando Diniz no time, mas voltou a estagnar e se encontra na terceira posição.
Como o mandato da atual diretoria se encerra em dezembro, não se sabe haverá uma troca de técnico tão próximo da eleição e sem consenso com os candidatos à presidência, mesmo com o SPFC estando há cinco jogos sem vitórias e a uma derrota para o River Plate de dar adeus à Libertadores ainda na fase de grupos.
Desde que foi contratado pelo São Paulo, Diniz comandou a equipe em 43 partidas. O time venceu 19 vezes, empatou 12 e perdeu outras 12, um aproveitamento equivalente a 53,4% dos pontos disputados.
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