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Protocolo da FPF prevê times confinados até fim do Paulistão; gol sem comemoração é avaliado

O protocolo médico apresentado pela Federação Paulista de Futebol ao governo do estado de São Paulo para a volta do Paulistão prevê que as delegações dos clubes e as equipes de arbitragem fiquem confinadas durante a participação na reta final do estadual.



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Existe até mesmo a possibilidade de o comitê responsável sugerir que os gols não tenham comemoração para evitar um contato mais próximo.

Em reunião na última segunda-feira, dirigentes da FPF e presidentes dos 16 clubes da elite decidiram continuar sem um prazo para o retorno aos treinamentos até que se tenha uma liberação das autoridades sanitárias. O Estado de São Paulo está com isolamento social decretado até 10 de maio. Até lá, o governador João Dória vai comunicar um plano gradativo de saída da quarentena. Um ponto já definido é que as partidas serão disputadas com portões fechados, sem torcida.

As diretrizes para diminuir o risco de contágio do coronavírus também envolvem o uso obrigatório de máscara em quase todas as situações, além de testes periódicos em jogadores, comissões técnicas e outros envolvidos e restrições no número de pessoas nos treinos e também nos jogos. O documento é assinado pelo ortopedista Moisés Cohen, presidente do Comitê Médico da FPF.

O documento de nove páginas, que teve entre as referências os protocolos da Federação Portuguesa, da Federação Espanhola elenca cinco "premissas", conforme a figura abaixo:



O cronograma divulgado, ainda sem datas, também estipula o que deve acontecer em cada etapa:



O protocolo também aborda as operações de jogo, limitando em aproximadamente 170 pessoas (varia conforme a importância do jogo) o número de profissionais envolvidos nas partidas, entre delegações, equipe de apoio (gandula, doping, limpeza), imprensa, arbitragem, brigada de incêndio, profissionais de saúde das ambulâncias e segurança.

A proposta também indica que os clubes terão de fornecer materiais explicativos sobre os procedimentos e também itens de segurança e cuidados, como EPIs (equipamento de proteção individual), máscara para funcionários, álcool gel, kits para testes e termômetros para medição rápida.

Em relação aos treinamentos, a recomendação é que se faça um "planejamento escalonado, em fases, a cada semana": individualizado na primeira semana, em grupo na segunda semana e o início dos coletivos na terceira semana. O documento ainda dá uma sugestão específica, colocando um jogador para cada 1/4 do campo, treinando simultaneamente por 45 minutos, "possibilitando que 28 atletas treinem em uma janela de seis horas".

Além do que está no documento, o doutor Moisés Cohen diz que o comitê estuda a sugestão de outras medidas de conscientização, como a orientação para que os jogadores não cuspam no gramado e nem reclamem próximos dos árbitros, além de evitar comemorações na hora do gol.

- São todas medidas que ainda estamos discutindo. São coisas que não estão na regra de um torneio que já começou, então o descumprimento não pode ser passível de punição. Talvez em competições futuras virem regras em regulamento, mas seriam situações de conscientização diante do cenário que estamos vivendo. Uma comemoração de gol como estamos acostumados vai contra tudo o que estamos pregando de evitar o contato para diminuir a exposição ao risco de exposição. Mas são questões que ainda vamos estudar e avaliar - explicou o presidente do Comitê Médico da FPF.

Ainda não há um prazo para uma resposta do governo do estado sobre o protocolo médico da Federação Paulista de Futebol. Somente depois disso é que a entidade vai convocar os representantes dos 16 clubes para uma nova videoconferência.

Outras medidas ainda estão em fase de análise, como, por exemplo, os jogadores atuarem com mangas compridas e luvas. Moisés Cohen também não descarta a sugestão de que os gols não tenham comemoração.

- Ainda estamos estudando e discutindo a viabilidade de algumas situações. O fato é que vai mudar muito a cultura como um todo. Uma comemoração de gol, por exemplo, aumenta a exposição ao risco de contaminação. Claro que em situações como disputa no alto de um escanteio, o contato é inevitável. Mas ainda vamos analisar medidas educativas para que sejam sugeridas. São pontos de conscientização, não regras.

- Tudo o que foi colocado no protocolo é uma recomendação da FPF para aos clubes. Caberá a cada um deles acatar dependendo da sua realidade. Mas todos os médicos do Campeonato Paulista já se posicionaram favoráveis às medidas, e isso me deixou muito satisfeito - disse Cohen em entrevista para o site globoesporte.com.



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São Paulo, paulistão, recomendações, retorno, gramados, saúde

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Comentários (2)
05/05/2020 20:52:33 Japa320

Gols contra o corinthians serão anulados

05/05/2020 20:27:48 Daniel Godoi

É so fazero teste rápido em todos os envolvidos, o resultado sai em 15 mim!

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