Em dezembro de 2008, o debate por essas terras era se o São Paulo se transformaria no ''Lyon brasileiro'' e criaria uma dinastia, com títulos seguidos sem dar chance aos demais. Havia um projeto ambicioso de se tornar a maior torcida do país. O ano virou, o Corinthians trouxe Ronaldo Fenômeno, transformou sua imagem e construiu os alicerces para o período mais vitorioso de sua história. Com sete títulos brasileiros, um a mais que o rival tricolor.
O Santos de Neymar venceu Copa do Brasil e Libertadores. O Palmeiras afundou e depois submergiu com Paulo Nobre, depois Crefisa. Os dois rivais na cidade agora têm estádios modernos, não precisam mais do Morumbi. O Santos, quando precisa, ''herda'' o Pacaembu. O São Paulo venceu uma Sul-Americana em 2012 e só. Segue olhando para o passado ''Soberano'' e andando em círculos. Sempre os mesmos nomes se revezando na presidência. A solução parece ser sempre resgatar algo. Os três zagueiros, Muricy Ramalho, Paulo Autuori, Raí, Ricardo Rocha… Lugano e a raça uruguaia agora com Diego Aguirre no comando técnico. No empate sem gols contra o Atlético Paranaense no Morumbi, a pá de cal anímica na pretensão de voltar a ser campeão brasileiro.
Na matemática ainda é possível, mas em campo não há mais respostas. Logo no período em que se imaginava que as semanas para recuperação física e dedicada a treinamentos levariam a equipe a outro patamar. O São Paulo estagnou. Ou congelou com o favoritismo inesperado. O elenco parece frágil, sem opções. Mas qual era a oferta, por exemplo, para Fabio Carille no ano passado? As informações de bastidores sinalizam que a relação entre Aguirre e elenco é tensa. Mas o Palmeiras de Cuca de 2016 era uma panela de pressão, o ambiente quase paranóico, mas o time em campo entregava os resultados, nem que fosse na marra.
O que falta no Morumbi? A impressão é de que os títulos não chegam porque o clube não se preparou para perder na típica alternância de poder do futebol paulista e brasileiro. A sequência de conquistas de 2005 a 2008 com Libertadores, Mundial e três brasileiros era apenas um ciclo, não o resultado de uma fórmula mágica e eterna. Agora sente o peso da responsabilidade de voltar a ser vencedor. Neste ambiente, as semanas sem jogos são um tormento. Minutos, horas e dias lembrando que o gigante brasileiro é obrigado a despertar e levantar uma taça.
Pressão que esmaga mentes e espíritos. Não pode ser só falta de conteúdo nos treinos porque no Brasil isto nunca foi problema. Desfalques todos têm, o líder do campeonato escala há tempos mais reservas que titulares. O problema é mais profundo e emocional. Típico num futebol mais sentido que pensado e jogado. Ver Corinthians e Palmeiras dominando o cenário nacional recente é um pesadelo sem fim. A sensação de ter ficado para trás desmancha a autoestima, alimenta um saudosismo destrutivo. Talvez o clube peça perdão e traga Rogério Ceni de volta para 2019.
De novo olhando para as glórias do passado, como está no hino. O São Paulo é fraco mentalmente hoje porque não consegue enxergar um lugar para si no futuro. Um ciclo vicioso e perigoso que ganha novo capítulo dramático.
O Santos de Neymar venceu Copa do Brasil e Libertadores. O Palmeiras afundou e depois submergiu com Paulo Nobre, depois Crefisa. Os dois rivais na cidade agora têm estádios modernos, não precisam mais do Morumbi. O Santos, quando precisa, ''herda'' o Pacaembu. O São Paulo venceu uma Sul-Americana em 2012 e só. Segue olhando para o passado ''Soberano'' e andando em círculos. Sempre os mesmos nomes se revezando na presidência. A solução parece ser sempre resgatar algo. Os três zagueiros, Muricy Ramalho, Paulo Autuori, Raí, Ricardo Rocha… Lugano e a raça uruguaia agora com Diego Aguirre no comando técnico. No empate sem gols contra o Atlético Paranaense no Morumbi, a pá de cal anímica na pretensão de voltar a ser campeão brasileiro.
Na matemática ainda é possível, mas em campo não há mais respostas. Logo no período em que se imaginava que as semanas para recuperação física e dedicada a treinamentos levariam a equipe a outro patamar. O São Paulo estagnou. Ou congelou com o favoritismo inesperado. O elenco parece frágil, sem opções. Mas qual era a oferta, por exemplo, para Fabio Carille no ano passado? As informações de bastidores sinalizam que a relação entre Aguirre e elenco é tensa. Mas o Palmeiras de Cuca de 2016 era uma panela de pressão, o ambiente quase paranóico, mas o time em campo entregava os resultados, nem que fosse na marra.
O que falta no Morumbi? A impressão é de que os títulos não chegam porque o clube não se preparou para perder na típica alternância de poder do futebol paulista e brasileiro. A sequência de conquistas de 2005 a 2008 com Libertadores, Mundial e três brasileiros era apenas um ciclo, não o resultado de uma fórmula mágica e eterna. Agora sente o peso da responsabilidade de voltar a ser vencedor. Neste ambiente, as semanas sem jogos são um tormento. Minutos, horas e dias lembrando que o gigante brasileiro é obrigado a despertar e levantar uma taça.
Pressão que esmaga mentes e espíritos. Não pode ser só falta de conteúdo nos treinos porque no Brasil isto nunca foi problema. Desfalques todos têm, o líder do campeonato escala há tempos mais reservas que titulares. O problema é mais profundo e emocional. Típico num futebol mais sentido que pensado e jogado. Ver Corinthians e Palmeiras dominando o cenário nacional recente é um pesadelo sem fim. A sensação de ter ficado para trás desmancha a autoestima, alimenta um saudosismo destrutivo. Talvez o clube peça perdão e traga Rogério Ceni de volta para 2019.
De novo olhando para as glórias do passado, como está no hino. O São Paulo é fraco mentalmente hoje porque não consegue enxergar um lugar para si no futuro. Um ciclo vicioso e perigoso que ganha novo capítulo dramático.
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