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Análise Técnica - Ituano 2 x 1 São Paulo

Entenda por que o São Paulo sofreu sua quarta derrota no Campeonato Paulista em 2018

Por Iury Cesar Alves

Para começar a análise dessa partida, devemos deixar claro que as mudanças propostas de formação (Destacamos na última análise do jogo contra o Santos, que o São Paulo jogou com uma boa postura grande parte do clássico utilizando a formação 4-3-3.) e postura do time, como noticiado pela imprensa após a derrota no clássico contra o Santos, não aconteceu. Houve mudanças no São Paulo? Sim. Foram elas:
• Hudson no lugar de Petros que cumpriu suspensão;
• Rodrigo Caio que voltou de suspensão e ficou com a vaga do zagueiro Arboleda.



E a formação? Continuou a mesma. Mas por quê?
Imagina-se que o técnico Dorival Junior manteve o 4-3-3 embasado no excelente primeiro tempo jogado pelo São Paulo no clássico, onde como principais pontos positivos, destacou-se as rápidas transições ofensivas e compactação do time. Com isso, o plano de jogo do São Paulo veio da seguinte forma:



Mas cada jogo tem sua particularidade e acontecimentos.

1º Tempo

Muito provavelmente o Ituano veio preparado exatamente para jogar contra um São Paulo com suas linhas mais compactadas e jogadores mais atentos a não cometer os mesmos erros que ocasionaram na última derrota.
Com isso, no mesmo 4-3-3 mas com apenas 1 volante para distribuir o jogo, inicialmente o time de Itu buscava suas oportunidades de ataque dando lançamentos em profundidade principalmente no lado esquerdo da defesa tricolor onde mais uma vez não havia rápida composição das linhas dos volantes e linha defensiva.


Na imagem, vemos os espaços livres para o Ituano atacar destacado pelas setas.

Na imagem, vemos os espaços livres para o Ituano atacar destacado pelas setas.
Como o Ituano estava “populando” o meio de campo com muitos jogadores, o São Paulo começou também a fazer lançamentos longos buscando principalmente ao jogadores Nenê ou Diego Souza que em alguns momentos do jogo, atuou pela ponta esquerda buscando penetrações ou realizar lançamentos na área. Vale lembrar que na atual formação tática do time, os pontas tem apoio do Reinaldo para tentar tabelas ou cruzamentos pela área. Nesse quesito, o lateral vem cumprindo bem essa disciplina tática. Mas na maioria das tentativas, não houve sucesso, pois com a grande área do Ituano sempre ocupada com pelo menos 7 jogadores, não havia a possibilidade de uma conclusão clara dessas jogadas.


Veja como o Ituano congestionava a grande área. Dificultando o ataque do São Paulo.

Gol do Ituano
Em uma falha individual do Bruno Alves que ficou em dúvida ao fazer a linha de impedimento,
o Ituano abriu o placar com o jogador Ronaldo avançando por ele após bom passe do meia Guilherme, vencendo o goleiro Sidão no duelo individual.


Ultrapassagem do atacante Ronaldo no meio da zaga são-paulina.

Depois do gol adversário, aos 32mins do primeiro tempo, Jucilei arriscou um bom chute de fora da grande área que contou com o desvio do Goleiro do Ituano.
Após esse lance, voltamos ao início do jogo com inúmeras tentativas de lançamentos longos de ambas as equipes, mas sem sucesso.

2º Tempo
Dorival Júnior decide ir para o “tudo ou nada” sacando Diego Souza e Nenê que não fizeram boas participações no primeiro tempo, tanto por dificuldades técnicas individuais nessa partida, assim como dificuldade tática mediante a formação e estilo de jogo aplicado pelo adversário. Em seus lugares entraram Valdívia e Tréllez. Seria a recuperação tricolor? De acordo com a imagem a seguir, poderia ser que sim.



Na proposta de jogo, nada mudaria. Apenas Tréllez que ficaria fixado no ataque (Principal característica do reforço tricolor.), e Valdívia faria a função do Nenê, trocando movimentações pelo meio com o Cueva, mas inicialmente caindo pelos lados.
Logo aos 2 minutos de jogo, podemos notar um São Paulo com suas linhas mais compactas e com uma sugestiva variação de formação para 4-2-3-1. Apenas o atacante Tréllez à frente.


Na imagem, a variação de formação. 4-2-3-1 (Tréllez não aparece na imagem.)


Nova formação 4-2-3-1.

A grata surpresa com as mudanças foi que o meia Valdívia, impôs um jogo de velocidade ao ataque tricolor com passes rápidos e objetivos buscando abrir espaços pelas laterais. Com isso, acontece o gol de empate do tricolor.

Gol do São Paulo
Na imagem da jogada do Gol tricolor, podemos ver que a velocidade imposta pelo Valdívia, fez com que o time avançasse ao ataque com as linhas próximas. Isso fez com que o Ituano realizasse um tipo de marcação individual ou por espaços/zona. Isso fez com que houvesse “buracos” na defesa fazendo com que mais jogadores do São Paulo pudessem avançar na área.

Com uma área cheia de jogadores são-paulinos, maior a chance de conclusão, mesmo que por rebotes, pois até então o Ituano mesmo com um número grande de jogadores em seu setor defensivo, não fazia uma marcação sob pressão. O que facilitava esse tipo de trabalho.


Momento em que Cueva finaliza e empata a partida.

A partir daí, o São Paulo começou a ter o domínio da partida, realizando muitas transições ofensivas pelas laterais sendo que em uma dessas jogadas, houve excelente oportunidade em uma ótima finalização de Marcos Guilherme aos 12mins do 2º tempo, mas o goleiro adversário realizou grande defesa.
Dentro desse contexto de jogo, destaque para boas movimentações e criações de oportunidades do Valdívia.

O Balde de Água Fria – Gol do Ituano
16 minutos do 2º tempo.
Desde o momento do gol tricolor em meados dos 5mins do 2º tempo, o São Paulo impôs seu jogo criando boas oportunidades, mas em uma jogada de bola parada e por falta de posicionamento correto para a marcação, o time de Itú fez o gol que levaria o time para a vitória.
No seu melhor momento do jogo, o São Paulo sofre um novo golpe do adversário.



Na imagem fica claro a falha geral da defesa tricolor. Todos destacados com a seta branca “Olhando para a Bola” e não marcando os respectivos espaços. Isenção ao Hudson que tentou realizar a “Parede”, impedindo o lançamento. Os demais jogadores olhando a bola.
Após o gol do Ituano, o panorama do jogo muda, sendo que o Ituano tranca mais ainda os espaços e o São Paulo tenta realizar novas jogadas, mas nenhuma que oferecesse perigo maior ao adversário. Consequentemente, muitos erros de passes, bolas perdidas por desatenção dos jogadores e obviamente, o cansaço físico que surge com o passar do tempo, proporcionando maior chance de erros. Também houve mais chances do Ituano, mas também sem maior perigo ao goleiro Sidão. No último minuto, Tréllez sofre falta do defensor Igor Vinicius dentro da área, sendo marcado pênalti para o São Paulo.
Cueva desperdiça a chance de empatar a partida e com isso o São Paulo amarga mais uma derrota no campeonato Paulista.

Resumo:
Mais uma vez o São Paulo perde não somente a partida, mas talvez o equilíbrio emocional do time em uma suposta adversidade de placar, e ainda, comando para novas opções de variação de jogo que se adapte ao placar adverso buscando modifica-lo.
Em consequência desses problemas, vimos mais uma vez muitos erros individuais e coletivos que custaram mais 3 pontos no campeonato.
Podemos considerar como aspecto positivo a presença do Valdívia, que deu mais consistência e velocidade ao ataque. Mesmo com a derrota, foi uma boa atuação do meia.
Lembrando que o Ituano fez um jogo de igual para igual contra o São Paulo. Tendo os seus méritos na vitória conquistada.

São Paulo x Ferroviária – O que esperar?
Com a suspensão de Reinaldo, por número de cartões, muito possivelmente Edimar irá ser escalado para a partida de domingo. O que pode ser interessante taticamente, pois o Edimar não tem o mesmo poder ofensivo que o Reinaldo. Isso fará com que o meio de campo trabalhe constantemente pelas laterais. Caso se mantenha essa formação, para atacar, em teoria, um dos volantes deverá atuar um pouco mais avançado como elemento surpresa pelo meio.
Temos de aguardar a situação do Jucilei que saiu contundido. Há uma chance remota da dupla de volantes ser Petros e Hudson. Se for mantida a mesma formação 4-3-3.
Mas será um jogo um pouco diferente pela pressão na qual o time irá jogar. Então há a possibilidade de vermos um São Paulo novamente “diferente”. Não sabemos se para melhor ou para o que estamos vendo atualmente. Pouco poder de reação e talvez alguns problemas que podem estar ocorrendo no “extra-campo”. Mas essa parte não se aplica à análise técnica.
Mas dependendo o que acontecer, influencia diretamente nela.







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