O SPFC foi campeão mundial em 2005 com um time que não tinha nenhum jogador nível de seleção brasileira, mas era um time bem treinado e raçudo. Existia um conjunto de fatores que fez um time imbatível.
Pra começar, no gol estava o Rogério Ceni, que além de pegar muto, organizava a zaga, batia faltas. Foi eleito o melhor jogador da final do mundial.
Na zaga Lugano e Fabão que batiam até na mãe, mas não deixavam passar nada. Edcarlos completava o trio e, como sabemos, não era grande jogador, mas não comprometia.
Na lateral direita, o Cicinho, que junto com o Lugano eram o símbolo da raça são paulina. O Cicinho dava um carrinho para tirar a bola do adversário e saia com bola e tudo pela lateral. Se levantava e vibrava como se tivesse feito um gol. Puta que pariu... era de arrepiar. Depois dele o SPFC não teve mais lateral direito.
Na lateral esquerda era o Júnior, um baixinho bom de bola, difícil de perder uma jogada. Vendo agora o Reinaldo jogar, chega a dar depressão.
Na volância era a eterna dupla Josué e Mineiro. Dois jogadores que faziam o simples, mas se entregavam 200% em campo. Muito técnicos, mas jogavam com a alma. Mineiro, inclusive, fez o gol do título mundial.
Na criação, o Danilo, que depois foi estragar a carreira no Corinthians, mas quando jogou no SPFC foi simples e eficiente.
No ataque, o limitadíssimo Aloísio Chulapa, mas que deu um belo passe na final para o Mineiro fazer o gol. Ela limitado, mas era comprometido. Não era atacante estrelinha.
E Amoroso, que era quem dava a malandragem do time.
Enfim... com esses jogadores estrelinha de hoje, que não dão um carrinho, não vibram e não têm malandragem nenhuma fica difícil acreditar que os bons tempos voltarão. Mas para a gente que torce, sempre vive uma esperança.