As sugeriras do ministro orlando silva, estao aparecendo......
Sindicato que recebeu R$ 6 mi do governo reúne cartolas íntimos da CBF e da FPF
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O Sindafebol (Sindicato Nacional das Associações de Futebol) tem sua diretoria composta por gente que respira CBF e FPF (Federação Paulista de Futebol). Sua cúpula é um emaranhado de influências que ajuda a explicar como uma entidade sem prática no tema foi contrada por R$ 6,2 milhões pelo Ministério do Esporte para cadastrar as torcidas organizadas. E sem licitação.
Mustafá Contursi, presidente do sindicato e que ainda não tirou o projeto do papel oito meses após a assinatura do contrato, já chefiou delegação da seleção brasileira e tem excelente trânsito com Marco Polo Del Nero, que preside a FPF.
O diretor tesoureiro do sindicato é Reinaldo Carneiro Bastos, vice-presidente da FPF . Em 2010, ele foi escolhido por Ricardo Teixeira para cuidar da Série B. O cartola também tem trânsito livre com o ministro do Esporte, Orlando Silva Júnior.
Ele não é o único no sindicato com um pé na CBF e outro na FPF. O advogado Angelo Verospi é vice-presidente do Sindafebol e tem as portas abertas nas duas entidades. O dirigente já teve participação ativa, segundo ele próprio, na federação e na confederação, prestando serviços jurídicos na área tributária. Afirma esporadicamente ainda prestar consultoria para a FPF. E mantém amizade com Ricardo Teixeira. Verospi também é diretor de relações institucionais do Palmeiras. Assim se dá bem tanto com Mustafá como com o presidente Arnaldo Tirone, hoje distantes.
O currículo de seus dirigentes mostra como o Sindafebol tem ligações umbilicais com a FPF e a CBF. Sua aproximação com o Ministério do Esporte reflete o espírito de parceria entre a pasta e cartolagem brasileira implantado pelo ministro.
O caso envolvendo o sindicato, porém, não foi bem digerido em Brasília e deve servir de munição contra Orlando Silva. O episódio tem potencial para se transformar numa bola de neve com muito cartola graúdo no meio.
Em meio ao clima de tensão, Mustafá diz que o dinheiro ainda não foi usado e que as cobranças são injustas, pois a verba só chegou em junho e a entidade estuda o projeto com calma.