O futebol brasileiro e a cultura do imediatismo
Prezados tricolores, não sou muito de postar aqui, mas nesta situação na qual nos encontramos, gostaria de opinar e fazer uma análise aprofundada do real momento do nosso futebol. Obrigado pela atenção de todos.
No Brasil, diversos estudiosos e cientistas sociais concordam que há uma certa cultura brasileira em sempre pensar a curto prazo. Quando analisamos a política, e no caso o esporte, percebe-se que esta realidade brasileira é muito evidente. No caso do futebol, por haver sentimento e paixão envolvida, privilegia-se sempre o jogo a jogo.
Voltando um pouco no passado, talvez seja um consenso de todos que o Brasil sempre foi o país do futebol. Diversos estrangeiros quando chegam no Brasil, logo de cara perguntam e falam de futebol, querendo conhecer estádios e associando esta imagem nossa como o país da bola. De fato, temos 5 copas e diversos jogadores que marcaram gerações. As pessoas com um pouco mais de idade lembram que o futebol brasileiro era tão forte, que europeus vinham aqui acompanhar, estudar e aprender técnicas e táticas de futebol. Os jogadores tinham o objetivo de brilharem com seus times aqui e chegarem na seleção, hoje, o objetivo é logo de cara se transferir para um time da europa e fazer sua vida financeira.
O São Paulo sempre teve uma participação importante neste cenário: sempre foi visto como o clube exemplar, o padrão de gestão e futebol. O São Paulo, sempre foi a frente do tempo em questão de organização, diretoria, estádio e futebol. Antes, as finais dos nossos rivais eram todas jogadas no Morumbi. Há quem diga até hoje, que o São Paulo de Telê revolucionou a visão dos brasileiros em investir na libertadores, dizem que após o bicampeonato do tricolor, os clubes passaram a cobiçar mais o campeonato internacional. Tanto é que até hoje, o São Paulo é temido e respeitado na América do Sul, não por conta do futebol de hoje, mas sim de seu passado.
No entanto, vemos que ultimamente o futebol brasileiro passa por uma decadência. A eliminação por 7x1 da Alemanha na Copa em 2014 só escancarou este problema.que todos já percebiam: hoje o campeonato brasileiro está fraco, não revelamos mais jogadores e técnicos como antes, não evoluímos taticamente e vimos outros países avançarem neste quesito.
Uma prova de que o futebol brasileiro está tão ultrapassado (além da falta de jogadores de qualidade) é que os mesmos técnicos de 10 à 20 anos, que não tem espaço na europa e em seleções, são os mais cobiçados aqui. Exemplos: Felipão, Abel, Cuca, Mano, alguns pedem volta de Muricy, outros Luxemburgo. A questão não é que eles são ruins, pois foram muito vitoriosos nos clubes que passaram, no entanto a questão é outra: não há espaço para novos técnicos, com novas ideias de jogo e filosofia moderna, o brasileiro prefere o bom e velho feijão com arroz. E nisso estes técnicos são bons, por isso estão se sobressaindo.
Novamente o São Paulo, protagonista do passado, teve um papel de tentar inovar neste cenário. O clube investiu em técnicos novos que, por mais que não tivessem muita experiência (com exceção Osório), apresentam ideias novas e modernas, com o intuito de diversificar este triste cenário brasileiro. Trouxeram Osório, posteriormente Rogério Ceni e agora Jardine. Como todo esporte coletivo, é fato que há necessidade de tempo, planejamento e respaldo da diretoria para que projetos como este deem certo. Porém, é um tempo que o São Paulo não possui devido ao fato de estar em uma seca de títulos, o que naturalmente deixa todos torcedores incomodados e aflitos, assim como eu. O resultado é que a mídia rapidamente queimou estes técnicos e os torcedores, por conta do imediatismo de naturalmente querer resultado rápido, passou a não apoiar o trabalho destes. Vivemos numa falta tão grande de treinadores que parem pra pensar: se demitirmos Jardine, qual a opção para colocar no lugar? Cuca está recuperando de cirurgia. Luxemburgo, desempregado desde 2017. Muricy se aposentou dos gramados.
O São Paulo dos últimos 10 anos contou com diversos e diversos técnicos e nenhum deu certo, foram problemas de gestão, de troca e venda de atletas e de falta de planejamento. O problema está mais que claro: o maior problema não é o treinador, (claro que o treinador tem parcelas de culpa) mas o real problema é tudo o que está por trás dele.
A ideia atual do São Paulo é pegar aquilo que ele tem de bom e melhor no futebol brasileiro, o centro de Cotia, e utilizar as revelações no time principal, para a longo prazo não precisar contratar horrores e formar times competitivos com atletas do próprio São Paulo. A ideia é revolucionária no Brasil, nenhum clube tem atualmente uma integração base e profissional tão grande quanto o São Paulo planeja fazer. E novamente, o tricolor paulista, está tentando inovar no futebol brasileiro, mas não está explícito.
E para este projeto dar certo, assim como qualquer outro projeto de qualquer outro esporte coletivo, é preciso tempo, e mais que isso, o André Jardine se tornou uma peça fundamental neste processo, por tudo que conhece, fez e contribuiu em Cotia. É um projeto grande, é um projeto de São Paulo. No entanto, demanda um tempo que o clube não tem pela falta de títulos, este é o maior impasse. Se Jardine for embora, uma parte deste projeto estará corrompida, seria simplesmente descartar e jogar no lixo uma ideia boa e inovadora, e continuar insistindo naquilo que há 10 anos não dá certo: trocar treinadores toda temporada e não ter padrão de jogo e títulos.
A questão é: foi certeira a efetivação de Jardine agora? Talvez não seria melhor esperar um pouco mais? Não duvido da capacidade deste profissional, é estudioso, humilde e já provou que tem qualidade na base. Mas ele precisa de tempo, justamente o recurso que menos temos.
O futebol brasileiro tem carência e necessita de pessoas como o Jardine: novas, estudiosas, cheio de ideias e filosofias pouco encontradas por aqui. Se Jardine vai dar certo, não sei, é uma incógnita, mas o futebol brasileiro carece de uma geração novas de técnicos e parte disto tudo está relacionado com a cultura do imediatismo do nosso país.
Obrigado!
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