Anunciado como reforço por empréstimo para a temporada de 2012, marcou seu primeiro gol numa cobrança de falta, no dia 4 de março, na vitória de 2 a 0 sobre o Criciúma, e logo no Heriberto Hülse, casa do rival. Nas duas partidas decisivas do Estadual contra o Figueirense, fez um golaço de falta na Ressacada e marcou outro gol na partida disputada no Orlando Scarpelli, tornando-se campeão catarinense.

Em entrevista por email ao GLOBOESPORTE.COM, o jogador - que tem contrato com o São Paulo até janeiro de 2013 - enalteceu a estrutura do Avaí, o técnico Hemerson Maria, os dirigentes e a torcida. Mostrou determinação em conseguir uma das vagas para a Série A do ano que vem e muita vontade em permanecer no clube avaiano em 2013.
Confira abaixo a entrevista na íntegra com o jogador, que vai estar em campo na tarde deste sábado, contra o Joinville, pela 4ª rodada da Série B:
Seu primeiro gol pelo Avaí foi marcado logo num clássico, na vitória de 2 a 0 sobre o Criciúma. Era um sinal de coisas boas pela frente?
O elenco do Avaí é formado por um grupo forte. Trabalhamos para sempre buscar vitórias, e este gol representou o resultado de um trabalho com muita união. O gol foi importante, assim como os demais que conseguimos marcar e buscar a vitória.
Você fez gols nas duas partidas decisivas do Estadual, contra o Figueirense. Sente-se um líder da equipe, um condutor do grupo? É preciso chamar a responsabilidade pela experiência nos momentos decisivos?
Hoje, o Avaí tem vários líderes. É um grupo forte, como falei. Temos o Nunes, o Diego, o Marcinho Guerreiro, entre outros. Todos são lideranças no sentido de ter experiência, mas o importante é que estamos trabalhando para buscar nossos objetivos junto com os demais.
O primeiro (o título do Estadual) já conquistamos. Agora falta o segundo, que é chegar entre os quatro melhores da Série B e estar na Série A em 2013.

Como vê a chegada de Hemerson Maria? O que faltava acertar que o técnico resolveu?
O Hemerson Maria é um grande profissional, um estudioso do futebol. Ele é um técnico vitorioso na base de vários clubes. Fomos muito criticados pelos resultados que não estavam vindo antes da chegada dele. Isso nos abalou um pouco e não conseguíamos reverter. Com a chegada do Hemerson, o grupo teve um novo gás. O grande mérito dele é ter simplicidade, humildade e trabalhar muito.
Até onde o Avaí pode chegar na Série B?
Estamos trabalhando para conquistar o nosso objetivo que é chegar entre os quatro. Se tivermos chance de título, vamos brigar até o último jogo, como fizemos no Estadual. Ninguém acreditava no Avaí. Fomos criticados, lutamos e chegamos ao título, conquistando a hegemonia no futebol de Santa Catarina.
Prefere jogar na Primeira Divisão, talvez num posto de coadjuvante, ou seguir como protagonista na Série B pelo Avaí? Deseja jogar a Série A ainda este ano?
Tenho contrato com o Avaí, que é um grande clube. Estou muito feliz aqui e vou cumprir meu contrato até o fim. Se o presidente desejar, quero ficar por mais tempo. Tenho muito a agradecer ao Avaí. O clube me deu uma oportunidade, me apresentou um projeto e gostei.
O Avaí tem uma estrutura que muitos clubes que hoje estão na Série A não têm. Tudo aqui é especial. Desde os funcionários até o departamento médico, fisioterapia, sala de musculação, assistente social, psicóloga, diretores e a torcida. Vamos levar o Avaí à Série A. A torcida é fantástica e merece estar na Primeira Divisão.

Quais são as principais diferenças entre atuar num clube como o São Paulo e no Avaí?
O São Paulo é uma referência mundial. O Avaí é um desconhecido e talvez isso tenha me fascinado. Eles me apresentaram um projeto muito bom, e a estrutura do clube dá suporte para que o projeto seja alcançado. O Avaí merece estar na Série A, pela sua diretoria e pelo trabalho que está sendo realizado aqui. Da base até a equipe profissional, todos são muito valorizados e têm toda a infraestrutura necessária para a realização de um bom trabalho.
Quais são suas pretensões na carreira? O que ainda gostaria de conquistar? Algum sonho não realizado?
Como disse, minha pretensão atual é cumprir meu contrato com o Avaí e, se puder ficar mais tempo, gostaria de ficar. Estou muito feliz aqui e sinto que tenho muito a colaborar com este clube. Quanto aos sonhos, acho que o principal é continuar feliz no futebol e com a família.