A Seleção Brasileira, que já foi tantas vezes motivo de reclamação dos são-paulinos, pode se tornar mais um combustível para o Tricolor vencer o Flamengo, domingo, no Morumbi. Depois de 74 mil quilômetros rodados em viagens com o time de Mano Menezes, distância equivalente a quase duas voltas ao mundo, Lucas volta ao clube mais animado do que das outras vezes. O motivo: a titularidade e o primeiro gol.
– Tudo tem sua hora. Esperei chegar a minha. Agora é seguir no São Paulo para voltar sempre para a Seleção – comemorou o meia, ainda em Belém, onde brilhou com golaço diante da Argentina.
Para provar ao treinador que merecia ser titular, o meia são-paulino não se importou com um sangramento e precisou trocar por duas vezes de camisa durante o jogo. Cansado, pediu para sair no fim e foi ovacionado pelos 43 mil torcedores. De volta ao Tricolor, ele terá 60 mil ao seu lado no Morumbi.
Lucas chegou à capital paulista na madrugada de quinta-feira e à tarde já treinou. Com um sorriso estampado na cara, até cantou com Luis Fabiano, personagem principal do jogo contra o Flamengo.
Contando que está convocado para os dois próximos amistosos, a quilometragem passará de 90 mil. Até agora, esteve em campo em 208 minutos. Incluindo a disputa do Sul-Americano Sub-20, em janeiro, realizado no Peru, o camisa 7 já passou 104 dias representando o país.
Tantos números em “seu hodômetro” devem confundir o garoto de 19 anos. Até porque um dos motivos para ele ter trocado o Corinthians pelo São Paulo, em 2005, foi a distância entre a casa e o treino. Enquanto precisava pegar ônibus e metrô para ir até o rival, no Tricolor Lucas passou a morar no CT de Cotia.
Enquanto não acumula mais milhas com a Amarelinha, Lucas pode ser peça fundamental para aumentar a pontuação do São Paulo no Brasileirão, garantir vaga na Libertadores e, quem sabe, cruzar o mundo com a camisa tricolor.
