
Há três semanas, Rivaldo saiu do banco para fazer nos acréscimos o gol que garantiu um empate com o Atlético-PR no Morumbi. Neste sábado, ele entrou no intervalo para marcar um golaço que valeu a vitória por 2 a 1 sobre o Figueirense, em Santa Catarina. Tendo começado a partida de hoje no banco, o veterano não reclamou de sua condição de reserva no clube.
"Era um jogo difícil, precisávamos de uma pegada muito forte e os meninos entraram muito bem. Entrei e dei continuidade", contou o meia, apesar de ter começado a partida de cabeça baixa por não ter sido escolhido como titular, mesmo com o treinador não podendo contar com 12 atletas - o São Paulo, inclusive, ficou com um a menos até no banco.
Em campo, contudo, o camisa 10 demonstrou compreender o valor dos mais jovens ao abraçar efusivamente Casemiro pela assistência em seu gol. "Tive a felicidade de vê-lo no lance e ele veio agradecer. É muito fácil jogar com ele. Como às vezes não tem jogado, é normal faltar ritmo de jogo, mas é um grande jogador", retribuiu o volante.
A atitude e as palavras são completamente diferentes das adotadas por Rivaldo em relação a Paulo César Carpegiani. Também em Florianópolis, após ser eliminado da Copa do Brasil pelo Avaí, o jogador de 39 anos se disse humilhado por não ter oportunidade enquanto garotos eram escolhidos pelo antecessor de Adilson.
Agora, o meia aplaude os meninos. "Foi uma vitória importante. Precisávamos dela. O time provou que tem base", enalteceu o jogador, feliz por ser decisivo. "Foi pela concentração na hora de entrar em campo para jogar com força total. Tive a felicidade de jogar o segundo tempo e marcar o gol da vitória."
Adilson explicou o motivo de deixar o experiente atleta no banco de reservas. "O jogo tem 90 minutos. Se começa, termina ou joga 15 minutos, nós que sabemos porque temos o controle da carga de trabalho, observamos o jogo do adversário", declarou o técnico.
"Ele entrou depois e ajudou. O Rivaldo foi importante nos últimos 45 minutos como tem sido importante e ainda vai nos ajudar bastante", completou o comandante, que convive até nas partidas fora do Morumbi com os constantes pedidos pela escalação do veterano contratado por indicação do capitão Rogério Ceni.