A resposta de Rivaldo ao técnico Adilson Batista foi imediata. Depois de ser substituído ainda no intervalo na derrota do São Paulo para o Fluminense, no meio da semana, e perder vaga entre os titulares para o jogo contra o Figueirense, apesar do desfalque de 11 jogadores, o veterano entrou durante a partida e decidiu, com um belo gol no Estádio Orlando Scarpelli.
Apesar disso, o treinador são-paulino não demonstra intenção em render-se à vontade da torcida, que sempre clama pelo meia entre os titulares. "O jogo dura 90 minutos e o jogador pode entrar em diversos momentos e ajudar o time. Se ele vai começar ou não, quem decide é quem está ali no treino todos os dias e tem um conhecimento melhor sobre o elenco", afirmou Adilson, que, no entanto, elogiou o camisa 10 - substituiu Henrique e mudou o jogo.
"Após 15 minutos de bom futebol, fomos envolvidos. Por isso coloquei o Rivaldo, quis ter mais um homem no meio. Além disso, o Henrique já tinha cartão amarelo e estava somente acompanhando os lances", explicou.
E, na mesma Florianópolis onde ocorreu as polêmicas declarações contra o ex-técnico do time, Paulo César Carpegiani, por não lhe dar oportunidades, Rivaldo foi diplomático e desta vez nem pensou em cobrar lugar, apesar do gol decisivo.
Ao falar sobre a vitória, o meia preferiu destacar a atuação do goleiro Rogério Ceni, que antes do jogo, conversou com o grupo, recheado de jovens atletas
"Passei a acreditar na vitória depois do que o Rogério passou para esses meninos. Ele falou muito bem sobre a importância de honrar essa camisa do São Paulo, foi isso que aconteceu e conseguimos a vitória", disse o meio-campista.[A VITÓRIA]
Mil jogos. A vitória sobre o Figueirense tranquilizou o São Paulo para a festa dos 1000 jogos de Rogério Ceni, contra o Atlético-MG, na quarta-feira.
Com o fim do jejum de triunfos no Nacional, o clube acredita que a torcida estará menos desconfiada e vai prestigiar a equipe no Morumbi.
O jogo está marcado para às 16 horas e a diretoria do Tricolor deve baixar o valor do ingresso. "Vai baixar sim. A diretoria quer ver o Morumbi cheio. É feriado, a torcida são-paulina vai estar presente. Vai diminuir o preço dos setores. Isso é legal", disse Rogério Ceni, o homenageado.
