A antiga rotina de demissões

Fonte Jornal da Tarde

A demissão do técnico Paulo César Carpegiani que será anunciada oficialmente hoje expõe uma situação que se tornou rotineira no São Paulo. O discurso do presidente Juvenal Juvêncio, que vem desde os tempos em que ele era diretor de futebol, de que o Tricolor é diferente, que não troca de treinador facilmente, caiu definitivamente por terra.

Depois da saída de Muricy Ramalho, que chegou ao clube em janeiro de 2006 e só foi demitido em junho de 2009, após ser eliminado pela quarta vez consecutiva na Libertadores, os dirigentes estão mexendo no comando da equipe da mesma maneira que trocam de roupa diariamente.
Desde então, três técnicos passaram pelo Morumbi. E o quarto pode ser anunciado hoje ou, o mais tardar, nesta semana – Dorival Jr. e Cuca são os preferidos.
O primeiro foi Ricardo Gomes, contratado por indicação de Abílio Diniz, empresário próximo a Juvenal. Ele assumiu o time após a eliminação para o Cruzeiro e tinha como missão fazer o torcedor esquecer Muricy, que havia sido tricampeão nacional. O início foi promissor. O São Paulo saiu da rabeira da tabela e quase foi campeão brasileiro, perdendo o título na penúltima rodada ao ser derrotado pelo Goiás.

O trabalho foi então questionado. Mas Ricardo Gomes começou 2010 no cargo. Ele quase foi demitido após a parada da Copa do Mundo da África do Sul porque o time acumulou resultados ruins. A diretoria, porém, decidiu mantê-lo para o confronto com o Inter, pela semifinal da Libertadores, o São Paulo foi eliminado e ele caiu no dia seguinte.
Depois disso, Juvenal cometeu um de seus maiores erros. Ele decidiu apostar em Sérgio Baresi, que havia levado o São Paulo ao título da Copa São Paulo de Juniores. Foi um fiasco. Primeiro porque o treinador sempre foi tratado como um interino. Depois, pelo rendimento irregular da equipe, que não conseguia ter uma sequência de vitórias.
Quando já era tarde, o presidente recorreu a Carpegiani, que estava no Atlético Paranaense. Assim como ocorreu com Ricardo Gomes, o São Paulo, que estava em uma zona intermediária, cresceu, mas acabou não garantindo vaga à Libertadores.
Apesar disso, o trabalho do treinador era sempre elogiado pelos dirigentes. Mas no futebol o que vale são os resultados. Na primeira crise, decorrente da queda na Copa do Brasil, eles preferiram demitir Carpegiani.
A saída do treinador nada mais é que o retorno à antiga rotina que precedeu Muricy. Antes de este voltar ao Morumbi e no período pós-Telê Santana, o Tricolor teve 13 técnicos em dez anos, incluindo o próprio Muricy, que comandou o Tricolor de 31 de janeiro a 19 de julho de 2006.

Além de Muricy, entre 1996 e 2006, Carlos Alberto Parreira, Darío Pereyra, Nelsinho Baptista (duas vezes), Mário Sérgio, Paulo César Carpegiani, Levir Culpi, Oswaldo Alvarez, o Vadão, Oswaldo de Oliveira, Roberto Rojas, Cuca, Emerson Leão e Paulo Autuori passaram pelo clube.
Resta saber quem será o próximo. E até quando ele vai durar.
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