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A troca do apelido Marcelinho para nome de batismo Lucas foi apenas o primeiro ato da diretoria do São Paulo para proteger o garoto de 18 anos. A preocupação dos cartolas vai além de evitar comparações com o eterno ídolo corintiano. O que eles querem é uma transição sem traumas. A velocidade com que subiu para o profissional e hoje, nas palavras do capitão e goleiro Rogério Ceni, se tornou peça fundamental, também pode derrubá-lo.
Ninguém no São Paulo quer ver o sucesso repentino fazer o garoto se deslumbrar e tomar atitudes que possam prejudicar sua imagem - como está acontecendo com Neymar. O santista dá sinais de que está sofrendo para conviver com a fama e o assédio e com frequência tem sido notícia por não se comportar de maneira correta.
Coincidentemente, os dois têm suas carreiras administradas pelo empresário Wagner Ribeiro. A interferência no clube tricolor, no entanto, é menor. Pelo menos é o que garante o vice-presidente de futebol Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco. O Wagner me ligou algumas vezes depois da Copa São Paulo (Futebol Júnior), em janeiro, dizendo que o menino era um craque e que tinha de subir. Eu falei para esperar, ele queria se precipitar .
Lucas, então Marcelinho, só recebeu uma chance depois que Ricardo Gomes deixou o clube em agosto. E em 11 jogos conquistou a torcida, principalmente pela atuação contra o Palmeiras . Agora é o momento de brecar o assédio. A diretoria não quer vê-lo em programas de televisão. A assessoria de imprensa ficou irritada porque Lucas acabou fazendo uma matéria na casa de seu pai ontem. A preocupação é tão grande que ele foi proibido de participar de um evento da patrocinadora do clube, realizado ontem.
A ideia de dar ao garoto a camisa 10, que era de Hernanes, também ficou apenas na intenção de um dirigente. Lucas vai continuar jogando com a 37.

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