
São-paulinos comemoram bastante a vantagem (Foto: Ari Ferreira)
Considerado um técnico de personalidade, o consagrado Luiz Felipe Scolari revela: aceitaria normalmente o palpite de um atleta na formação do seu time, como ocorreu com o goleiro Rogério Ceni, que articulou uma substituição na vitória do São Paulo contra o Atlético-GO – a entrada do meio-campista Cleber Santana durante a etapa complementar.
A situação trouxe desconforto a Sérgio Baresi, atual comandante interino do clube do Morumbi. No entanto, Felipão considera desnecessária a polêmica sobre o colega de profissão que está iniciando a carreira entre os profissionais. “Comigo, o Rogério poderia fazer até mais”, afirmou o representante do Verdão nesta sexta-feira, até de forma surpreendente. “Eu não sou dono da verdade. Eu coloco uma estratégia e permito mudanças”, emendou.
Segundo Luiz Felipe Scolari, a opinião de uma figura de peso como Rogério Ceni, um dos pentacampeões com a seleção brasileira em 2002, deve ser respeitada e analisada com carinho. O próprio técnico lembra que já seguiu a recomendação de um atleta na época em que dirigia o Grêmio em um confronto que definia campeonato.
“Na conquista do título de 1996 (Campeonato Brasileiro), quando eu ia trocar um jogador, o Dinho (ex-volante) tomou a iniciativa e falou que ele é que deveria sair. O (Zé) Afonso entrou no lugar dele e disputou a bola no alto que saiu o gol do título”, recordou Felipão em relação à decisão contra a Portuguesa, no Estádio Olímpico.
No Palmeiras, Scolari prega, portanto, a participação constante do elenco, principalmente de nomes mais experientes como o goleiro Marcos, o zagueiro Danilo e os volantes Edinho e Marcos Assunção. O quarteto, aliás, tem a função de liderar o grupo alviverde.
“Eu passo toda vez aos meus jogadores mais velhos: se tiver algo errado, eu posso analisar”, encerrou o atual comandante do Palmeiras.

Crédito: Wagner Carmo/VIPCOMM