A investigação, que corre sob segredo de Justiça, foi impulsionada por áudios vazados que citam nomes de peso no ecossistema do clube, como Douglas Schwartzmann (dirigente da base) e Mara Casares (ex-esposa do presidente Julio Casares). O esquema consistiria na comercialização clandestina de espaços vips, desviando receitas que deveriam pertencer à instituição.
Duas Linhas de Investigação e o Cerco aos Empresários
O cenário é complexo, pois as autoridades trabalham com a hipótese de que as irregularidades administrativas não se restringem apenas ao estádio.
As frentes de atuação da Polícia e do MP:
Escândalo dos Camarotes: Foco na venda "por fora" de ingressos de áreas nobres, supostamente liderada por membros e ex-membros da diretoria.
Venda de Jogadores: Uma segunda linha investiga se houve desvios ou comissões indevidas pagas a cartolas e intermediários em transferências recentes de atletas.
Sindicância Interna: Pressionado, o São Paulo abriu uma investigação administrativa para apurar o conteúdo dos áudios, mas a movimentação policial é vista como muito mais grave.
Empresários na Mira: A investigação não poupa o mercado externo, monitorando agentes de jogadores que possuem trânsito livre no MorumBIS e que podem estar envolvidos nas movimentações financeiras suspeitas.
[Image showing the São Paulo FC crest alongside a police investigative file and a gavel, symbolizing the legal scrutiny over the club's administration]
O momento é de extrema fragilidade política para a gestão de Julio Casares, especialmente com a proximidade das articulações para o ano eleitoral de 2026. A unificação das investigações pelo Ministério Público sugere que as autoridades veem uma possível conexão entre os esquemas de corrupção, o que pode resultar em afastamentos judiciais e prisões caso as provas de desvio de recursos sejam robustecidas.
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