A política interna do São Paulo vive dias de extrema polarização. Na última quinta-feira (18), o Conselho Deliberativo aprovou o planejamento financeiro para 2026 com uma margem mínima: foram 112 votos a favor (50,23%) contra 107 contrários (47,98%). A diferença de apenas cinco votos reflete o clima de instabilidade que atinge o Morumbi.
O orçamento aprovado projeta receitas brutas de R$ 931,8 milhões. Para atingir essa meta, o Tricolor precisará ser agressivo no mercado da bola, já que prevê arrecadar R$ 180 milhões apenas com a venda de atletas. O documento também aponta para um superávit final de R$ 37,9 milhões ao fim de 2026.
Protestos e Polêmica na Área Social
Enquanto os conselheiros debatiam no Salão Nobre, o clima do lado de fora era de guerra. Integrantes de torcidas organizadas realizaram um forte protesto nos portões do Morumbi, exigindo mudanças na gestão de Julio Casares. A Polícia Militar precisou intervir para garantir a segurança, e o presidente do Conselho, Olten Ayres, chegou a descer para dialogar com os manifestantes.
Dentro da reunião, um dos pontos que mais acirrou os ânimos foi o gasto com a área social. A destinação de R$ 3,5 milhões para a realização da Festa Junina do clube foi duramente questionada pela oposição, que defende uma separação mais rígida entre as contas do futebol e as atividades do clube social.
Mesmo com a aprovação, o resultado da votação deixa um recado claro à diretoria: a margem de erro para 2026 é inexistente, e a pressão externa das arquibancadas promete acompanhar cada passo da execução deste planejamento.
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