O início desta semana trouxe à tona uma série de controvérsias e uma intensificação da crise política e interna do São Paulo Futebol Clube. Em áudios obtidos pelo "Globo Esporte", Douglas Schwartzmann, um dos dirigentes da base, e Mara Casares, ex-esposa do presidente Julio Casares, foram implicados em um esquema de venda clandestina de camarotes no Estádio do Morumbi.
Além dessa polêmica, o Tricolor também deverá enfrentar a votação do orçamento para 2026. O portal Lance! confirmou que a reunião do Conselho Deliberativo para essa votação ocorrerá nesta quarta-feira, dia 17, com início programado para as 19h (horário de Brasília). Recentemente, o São Paulo tornou-se ciente do cenário que enfrentará na próxima temporada depois das eliminações de Cruzeiro e Fluminense nas semifinais da Copa do Brasil, garantindo assim uma vaga na Copa Sul-Americana do ano seguinte, mas não participando da Copa Libertadores. Essa situação também afetará as questões orçamentárias e financeiras do clube para 2026.
Nos áudios, foi revelado que a comercialização dos ingressos ocorreu durante um show da cantora Shakira, em fevereiro. Em conversas, Schwartzmann menciona que Mara teria recebido do superintendente Marcio Carlomagno um camarote e negociado entradas para o evento. Carlomagno é considerado um dos principais aliados de Julio Casares e um representativo membro do grupo que governa o clube, especialmente em vista das eleições de 2026.
Conforme os documentos analisados pelo Lance!, o camarote em questão é designado como "sala da presidência", situado em uma área do Morumbi que fica próxima a instalações utilizadas por dirigentes. Rita de Cassia Adriana Prado se apresenta como uma terceira participante no esquema, atuando como intermediária e responsável pelo uso do espaço. O envolvimento de Adriana gerou complicações para Mara e Douglas nos meses subsequentes. Em 10 de junho, a empresa de Adriana, The Guardians Entretenimento Ltda., entrou com uma ação na 3ª Vara Cível de São Paulo contra Carolina Lima Cassemiro, que é responsável pela Cassemiro Eventos Ltda. Um boletim de ocorrência foi registrado na 34ª Delegacia de Polícia de São Paulo, e o processo no Tribunal de Justiça de São Paulo está classificado como público.
Com o andamento da justiça, os diálogos entre Douglas e Mara tornaram-se mais tensos. Em um dos áudios, Douglas expressa preocupação sobre as implicações do caso: "Eu não tenho camarote lá. Veio de quem? O que vai acontecer: a Mara vai ter que se explicar. Como é que faz no clube a hora que souber que ela te deu um camarote para explorar?" Em uma outra gravação, ele questiona: "O Márcio vai ser mandado embora, porque foi ele quem concedeu o camarote para ela (Mara). Eu não tenho nada com isso, não tenho meu nome em nada."
Mara, por sua vez, também fez apelos a Adriana, solicitando que retirasse o processo, argumentando que ela seria a única a sofrer as consequências. "Esse processo dará tanta volta, tanta volta, serão anos e anos, eu estarei fodida e você não vai ter recebido", disse ela, destacando a importância de "limpar o presente" para garantir um futuro profissional seguro dentro do clube.
GRANDES FALCATRUAS!