Carlos Belmonte, ex-diretor de futebol do São Paulo, manifestou sua divergência em relação ao presidente Julio Casares, especialmente no que diz respeito à abordagem adotada para a redução da dívida do clube. Com um endividamento atual de R$ 912 milhões e um déficit de R$ 287,6 milhões em 2024, Belmonte faz uma crítica contundente à estratégia de evitar investimentos no futebol, que, segundo ele, é um caminho arriscado para a saúde financeira e competitividade do Tricolor.
Durante sua passagem pela diretoria, Belmonte destacou que, apesar de o clube ter atraído nove novos atletas nesta temporada, não houve investimento nos direitos econômicos dos jogadores. Ele argumentou que a falta de investimento limita as possibilidades de performance do time, comparando a situação do São Paulo com o Palmeiras e o Flamengo, que, ao investirem mais em seus plantéis, alcançaram sucessos significativos como a final da Libertadores.
A visão de Belmonte é clara: “Não existe resultado sem investimento”. Ele crê que a redução da dívida não deve ser feita sacrificando a competitividade do time. Para ele, o verdadeiro não é sair da crise financeira a qualquer custo, mas sim criar um projeto consistente que permita ao clube manter um time forte e competitivo. “O que o são-paulino realmente quer? A redução da dívida a todo custo ou um caminho alternativo para isso?” questionou Belmonte, sublinhando a necessidade de um debate profundo sobre o futuro financeiro do clube.
Belmonte, que deixou o cargo após uma derrota expressiva por 6 a 0 para o Fluminense, enfatizou que, mesmo em um cenário de baixo investimento, não acredita que o São Paulo enfrentará riscos iminentes de rebaixamento, embora reconheça que essa política pode conduzir a um desempenho mediano. “Sem investimento, continuaremos sendo um time de meio de tabela e, se a situação se agravar, isso pode nos colocar em risco”, completou.
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