No dia 17 de outubro, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) anunciou um plano inovador voltado para a implementação do Fair Play Financeiro no futebol brasileiro. Esta iniciativa contará com a colaboração de diversos clubes e federações, com o objetivo de estabelecer melhores práticas de governança em âmbito nacional.
O Grupo de Trabalho será composto por 28 clubes e 8 federações, além da própria CBF, que se reunirão após a realização do Mundial de Clubes. A proposta final do Regulamento do Sistema de Sustentabilidade Financeira (SSF) está prevista para ser entregue 90 dias após esse encontro, sob a coordenação do vice-presidente Ricardo Gluck Paul.
Dentre os 28 clubes confirmados, 16 pertencem à Série A, entre eles Atlético-MG, Bahia, Botafogo, Red Bull Bragantino, Cruzeiro, Flamengo e outros. A Série B também terá representação com 12 clubes, como América-MG, Athletico-PR, Avaí e Chapecoense. As federações estaduais de Alagoas, Amapá, Goiás, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Santa Catarina e Sergipe também participarão dessa importante discussão.
O presidente da CBF, Samir Xaud, enfatizou a seriedade com que a atual gestão pretende enfrentar os problemas estruturais do futebol no Brasil, destacando a importância de criar um ambiente mais equilibrado e responsável financeiramente. “Esse engajamento mostra que estamos no caminho certo: construindo juntos um futebol mais sólido e sustentável”, afirmou.
O projeto visa não apenas a conscientização sobre gastos, mas também a transformação da cultura econômica no futebol nacional. A preocupação com times endividados se intensifica, especialmente considerando os modelos de gestão financeira encontrados na Europa, onde clubes que excedem os limites de gastos podem enfrentar punições severas, incluindo a proibição de contratações.
Ricardo Gluck Paul acrescentou que nos próximos dias será finalizada a formação do grupo, assegurando a pluralidade e o equilíbrio regional. A participação de todos é vista como essencial para a elaboração de um regulamento que fortaleça o esporte. “O futebol brasileiro precisa urgentemente de responsabilidade financeira. Não temos mais tempo a perder”, concluiu o vice-presidente.