Carta Bomba: O campeão e os aloprados

Fonte André Rizek
O time não é tecnicamente brilhante? Tudo bem (e quem é hoje em dia, no mundo?). Mas quem dá uma arrancada de 18 jogos sem perder não pode ser questionado como grande campeão.
Já se falou quase tudo sobre o título do São Paulo. Pela estrutura que tem, pela comissão técnica, por tudo que tudo mundo já sabe, a taça está em ótimas mãos. Como estaria também se o campeão fosse o Grêmio.
A diferença entre os dois tricolores, se é que ela existe dentro de campo, é mínima. E isso só aumenta o mérito do clube gaúcho, que neste momento trabalha com condições financeiras bem menos favoráveis – e por isso considero o Grêmio como o grande clube do campeonato, o que fez mais com menos.
Campeonato espetacular, graças ao equilíbrio, à maluquice de alguns resultados e a grandes jogos nesta reta final. Mas teve a desastrosa maneira de tratar o “caso Wagner Tardelli”…
Não vejo nenhum problema se, diante de um indício, mínimo que seja, um árbitro seja preterido de uma partida. Ainda mais uma partida que valha a taça. Mas nossa cartolagem fez tudo errado.
NÃO HÁ INVESTIGAÇÃO NENHUMA DO MINISTÉRIO PÚBLICO SOBRE WAGNER TARDELLI.
Aos fatos (relatados na edição desta segunda-feira no Jornal Placar).
1. Na sexta-feira, a secretária do presidente da Federação Paulista, Marco Polo Del Nero, atendeu uma ligação por engano que seria, supostamente, da secretária do presidente do São Paulo, Juvenal Juvêncio, para o vice da FPF, Reinaldo Carneiro de Bastos (a secretária dele senta-se ao lado da de Marco Polo).
2. Neste suposto telefonema, a secretária de Juvenal teria comentado sobre um envelope que seria entregue para Wagner Tardelli, o árbitro (ruim) que estava escalado para o jogo com o Goiás.
3. Ao saber do ocorrido, o presidente da FPF telefonou para os promotores do Gaeco (Grupo de Apoio e Combate ao Crime Organizado do Ministério Público de São Paulo), querendo dividir a informação e pedindo aconselhamento. É o Gaeco que denuncia Edílson Pereira de Carvalho e os membros da chamada Máfia do Apito, no famoso escândalo do Brasileiro de 2005. Também foi aberta, naquele ano, uma investigação no MP sobre pressão de dirigentes sobre a arbitragem. Reinaldo Carneiro de Bastos era um dos investigados – a investigação está morta, ele não vinha sendo monitorado pelas autoridades.
4. Os promotores do Gaeco aconselharam que Del Nero contasse o caso para a comissão de arbitragem da CBF. Mais nada. Por enquanto, o MP não vê motivo para entrar no caso.
5. A CBF, sem dar maiores explicações à opinião pública, afastou Tardelli do jogo do São Paulo com o Goiás e deu espaço para que um show de desinformação tomasse conta do fim de semana – já que ninguém tinha um esclarecimento digno.
O problema não foi tirar Tardelli do jogo (ele é considerado vítima pelo MP, por enquanto). Foi a maneira pouco transparente com que agiram neste caso.
O Jornal Placar desta segunda-feira trata o assunto como “dossiê dos aloprados”, em alusão aos documentos (falsos) que petistas tentaram comprar na eleição de 2006, para incriminar (sem provas) alguns adversários tucanos. Tivemos a versão dos aloprados do futebol neste fim-de-semana.
Talvez seja um detalhe ou exagero meu. Mas um campeonato espetacular merecia mais respeito.
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