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Sem Libertadores, era Juvenal tem imagem manchada

Juvenal Juvêncio, durante evento no Memorial da América Latina em São Paulo

O mais vitorioso dos mais longevos presidentes do São Paulo vai entregar o cargo com a imagem arranhada e sem levantar o cobiçado troféu que pertencia ao clube quando ele chegou ao poder.

Juvenal Juvêncio acumula seis participações na Libertadores desde que se tornou mandatário do time paulista pela segunda vez, em 2006, e seis quedas para brasileiros.

Sob seu comando, o time não foi além do vice-campeonato no torneio continental, no primeiro ano de mandato.

Na temporada anterior, com o cartola como diretor de futebol, havia faturado a Libertadores e o Mundial.

Quando a eleição, agendada para abril do próximo ano, apontar um novo presidente para o São Paulo, a era Juvenal será o terceiro maior período sequencial de um mandatário na história do clube.

Só Laudo Natel (1958 a 1971) e Cícero Pompeu de Toledo (1947 a 1958), que batizam, respectivamente, o CT das categorias de base e o estádio do Morumbi, foram soberanos por tanto tempo.

O atual presidente tricolor não revela sua idade e não autoriza o clube a fazê-lo.

O São Paulo de Juvenal conquistou os três primeiros Brasileiros que disputou, passou se autoproclamar "soberano" e ensaiou uma hegemonia dentro do país.

Mas o sucesso dentro de campo foi desmoronando à medida em que ele se perpetuava no cargo. A troca de técnicos mostra bem esse fenômeno. Muricy Ramalho ficou do início do mandato até o meio de 2009. Depois, outros sete treinadores, incluindo interinos, dirigiram o time.

Em 2012, a equipe chegou a ter o maior jejum de títulos entre as quatro grandes do futebol paulista. A sequência de quatro anos foi quebrada com a Sul-Americana de 2012.

Enquanto Juvenal encontrava brechas no estatuto do São Paulo para ser reeleito duas vezes --agora, o presidente não pode mais concorrer ao cargo--, seus rivais aposentaram dirigentes longevos e adotaram políticas para rotatividade de poder, antiga característica tricolor.

A ausência de resultados positivos, a impopularidade de sua manutenção do cargo e algumas derrotas nos bastidores, como a não inclusão do Morumbi na Copa, fizeram a torcida criticá-lo duramente, pedindo em vários momentos sua saída, e ironizando sua forma de se expressar.

Em Belo Horizonte, após uma entrevista à ESPN Brasil que foi ridicularizada nas redes sociais, Juvenal foi embora do Independência ao ver o quarto gol do Atlético-MG.

E ontem desembarcou em São Paulo em um aeroporto diferente do dos jogadores e evitou a imprensa.

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