Contra o Strongest, Ganso fez sua melhor partida pelo São Paulo (Foto: Marcos Ribolli)

Desde sua estreia Pelo São Paulo em novembro de 2012, Paulo Henrique Ganso ainda não mostrou todo talento que tinha no Santos. Porém, parece que o meia está começando a se acostumar a jogar com a camisa tricolor. Tanto que na vitória por 2 a 1 sobre o Strongest, Ganso se destacou ao dar o passe para o gol da virada são-paulina na Libertadores. Para o comentarista Caio Ribeiro, a inteligência e visão de jogo do atleta foram essenciais para a vitória e, se Ganso continuar jogando como na última quinta-feira, tem lugar garantido na Seleção Brasileira.

- O Ganso joga muito. Ver o Ganso deixar um companheiro na cara do gol é normal e a gente vai ver toda hora. O Ganso tem que trabalhar um pouco mais a movimentação sem bola, combate, compactação, é isso que a gente espera um pouco mais dele. Por que quando ele entra, da forma que ele entrou ontem, dando carrinho, desarmando o adversário e fazendo o movimento para receber esse passe em profundidade, ele vai ser titular e voltar a brigar por uma chance na Seleção Brasileira - disse Caio.

Ao entrar no lugar de Denilson no segundo tempo, Ganso aumentou o poder de criação do Tricolor Paulista, que empatava em 1 a 1 e passava sufoco com o time boliviano. A alteração abriu o meio de campo são-paulino e permitiu que os rivais se arriscassem mais. Até que, aos 35 minutos, Cañete encontrou Ganso na área, que tocou para Luis Fabiano marcar o gol da virada. O comentarista Luiz Ademar concorda com a opinião de Caio de que esse foi o melhor jogo de Ganso desde sua estreia com a camisa do São Paulo.

- Você vê a importância dele quando ele começou a encostar, principalmente, pelo lado esquerdo, com o Cortês. Ele parava a bola, segurava a marcação, jogava no Cortês, buscava a bola de novo, dava toque para trás, aí ele começou a fazer aquele papel que a gente sabe que ele tem qualidade.

Longe da Seleção desde a Copa América de 2011, onde, voltando de uma lesão, não teve uma boa atuação, Ganso foi muito criticado. Na ocasião, o Brasil terminou precocemente eliminado nas quartas de final, contra o Paraguai. O fato de Ganso não ter o costume de entrar na área para finalizar, também já rendeu muitas críticas ao jogador mas Caio Ribeiro ressalta que essa postura está sendo trabalhada.

- No São Paulo está sendo diferente. O Muricy cobrava muito esse tipo de movimentação dele no Santos, ele falava que camisa 10 ou meia atacante que não entra na área, que não faz gol, morre de fome. O Ganso, no São Paulo, já fez dois gols de cabeça, justamente fazendo esse tipo de movimento nas costas da defesa - explicou Caio.