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‘Em outro país, teria outra repercussão’

Foto de Daniela Souza/Diário SP

“Não tenho nada a ver com aquele lá.” O nome pode ser o mesmo, mas o capitão do The Strongest tem razão. Ele não possui qualquer semelhança ou parentesco com o seu famoso xará, o narcotraficante Pablo Escobar, morto em 1993.

Nascido no Paraguai, o jogador de 34 anos se naturalizou boliviano e virou o principal ídolo do adversário de hoje do São Paulo na Libertadores, às 22h, no Morumbi. Depois de começar a carreira em seu país natal, foi para a Argentina, Bolívia e defendeu alguns clubes brasileiros por três anos (entre 2008 e 2011). Agora, no The Strongest, ele sonha com uma boa campanha no torneio continental.

Em entrevista ao DIÁRIO, falou, entre outros assuntos, da morte do torcedor Kevin Espada, de 14 anos, na Bolívia, e de seu futuro no futebol.

DIÁRIO_ Como é para vocês enfrentar o São Paulo?
PABLO ESCOBAR_ Para nós, jogar contra o São Paulo é um grande desafio. Contamos com atletas que vão atuar pela primeira vez no Morumbi e disputar uma Libertadores. Então, é motivo de felicidade e um grande desafio. Sabemos que eles também vão nos respeitar. Não vão achar que será fácil, mesmo jogando em casa.

Os mais experientes podem passar algo aos mais jovens sobre como atuar no Morumbi?
Jogar no Morumbi, para a gente, é muito bom. É gostoso demais. Para o time, será uma nova experiência enfrentar os melhores jogadores da competição. Mas os mais experientes do time já pegaram o Santos, do Neymar, e o Internacional, do Leandro Damião, no ano passado. Então, temos de utilizar aquela experiência agora para também jogar e não só olhar.

Quais jogadores do São Paulo vocês mais admiram?
Conhecemos todo o time do São Paulo. Mas o pessoal admira mais os que têm carreira internacional, como Rogério Ceni, Lúcio e Luís Fabiano.

Há jogadores do Strongest que vão pegar autógrafos dos são-paulinos?
Não tem essa de pegar autógrafo antes da partida, só pode depois do jogo (risos).

Acreditam que podem vencer o time brasileiro?
Vai ser difícil, mas pode acontecer. No futebol, pode acontecer muita coisa. Não vamos viajar só para perder.

É muito diferente o futebol boliviano do brasileiro?
É diferente. Mas o que muda mais é a situação econômica. A infraestrutura dos clubes é diferente. A qualidade do futebol tem a ver com isso. O Brasil possui jogadores jovens na Europa, enquanto a base na Bolívia não é muito trabalhada.

É grande a pressão na Bolívia em cima de você?
Estou bem feliz. Tenho bons companheiros e a torcida cobra bastante, mas gosta de mim.

Como repercutiu a morte do Kevin Espada na Bolívia? Você achou justa a punição imposta ao Corinthians?
A gente ficou muito triste, mas não é algo que acontece só na América do Sul, mas no futebol mundial. Acho, porém, que, se tivesse acontecido em outro país, haveria uma punição maior. A repercussão seria mais forte. Se um torcedor da Argentina matasse um no Brasil, pode ter certeza de que seria uma repercussão maior.

Por que os seus pais escolheram o nome Pablo Escobar (igual ao do narcotraficante)?
Foi casualidade, meu pai quis colocar Pablo e Escobar era o meu sobrenome. Não tenho nada a ver com aquele cara.

Já teve algum problema por causa do seu nome?
Já sofri. Uma vez, na Libertadores, fui jogar na Colômbia e os caras da imigração chamaram a minha atenção. Fizeram perguntas e depois viram que eu não tinha nada a ver com aquele cara. Espero não ter mais esse problema (risos).

Você sente saudade do futebol brasileiro?
Com certeza, tenho saudade do tempo em que joguei no Brasil. Há muita gente boa. É gostoso voltar, pena que serão só dois jogos (São Paulo e Galo).

Pretende voltar a jogar aqui?
Quem sabe? Tomara que possa, mas não fecho nenhuma porta. O futebol do Brasil é um dos melhores do mundo. Seria bom voltar no futuro.

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