O São Paulo não vai mais procurar um reforço para a lateral esquerda em 2013. Um cenário que se modificou graças às atuações de Cortez no segundo turno do Campeonato Brasileiro. Até a metade da competição, seu desempenho não agradava ao presidente Juvenal Juvêncio, que estava convencido da necessidade de um novo jogador para a posição. Porém, sua evolução mudou os planos do chefe. De quebra, Cortez terminou o ano como jogador que mais atuou pelo Tricolor, com 74 participações nos 78 jogos da equipe.

O número é o maior desde que Rogério Ceni, em 2005, disputou 77 partidas. Cortez conquistou 42 vitórias, teve 15 empates e sofreu 17 derrotas. Ninguém havia participado de tantos triunfos num ano desde o volante Josué em 2006, segundo dados do site oficial do São Paulo. Mais do que as estatísticas, a postura do lateral-esquerdo em campo foi determinante para sua impressão diante do presidente se modificar.

Depois de um bom início no Paulistão, o desempenho de Cortez piorou contra adversários mais fortes. Juvenal o considerava apático, sem raça e sem entrar em divididas. Um dos marcos para sua mudança foi uma conversa com a comissão técnica após a derrota por 1 a 0 para o Vasco. Já sob o comando de Ney Franco, o camisa 6 voltou a priorizar a marcação e cresceu muito.

Além de se destacar nos desarmes, Cortez recuperou a força no apoio, participou mais de lances ofensivos, reconquistou a torcida e mudou a cabeça de Juvenal. O apoio do diretor de futebol Adalberto Baptista também foi importante. O dirigente sempre foi seu defensor. Agora, o presidente valoriza sua adaptação.

Antes, o São Paulo chegou a pensar na contratação de Fabrício, do Internacional, e cogitou até André Santos, do Arsenal. Agora, não vai buscar novos laterais. Carleto, campeão brasileiro pelo Fluminense em 2012, volta de empréstimo para ser reserva imediato de Cortez. O grupo conta ainda com o jovem Henrique Miranda, de 19 anos, uma das maiores esperanças da diretoria na Copa São Paulo de Futebol Júnior.

Raridade

Em razão da lesão no ombro direito, sofrida na pré-temporada do ano passado, Rogério Ceni terminou o ano de 2012 longe dos que mais entraram em campo. Um fato raro para quem já disputou 1.050 partidas com a camisa do São Paulo. Ele foi apenas o 16º no ranking, com 34 jogos: 18 vitórias, nove empates e sete derrotas.

Outro destaque é o atacante Lucas, que apesar das frequentes convocações para a seleção brasileira, inclusive nas Olimpíadas de Londres, participou de 60 jogos. Ele não desfalcou o Tricolor nenhuma vez por lesões ou suspensões. Já o centroavante Luis Fabiano sofreu com os dois fatores e jogou 44 vezes.

Confira abaixo a lista dos que mais atuaram em 2012:

1º) Cortez - 74 jogos
2º) Jadson e Rhodolfo - 69 jogos
3º) Denilson - 65 jogos
4º) Cícero - 61 jogos
5º) Lucas - 60 jogos