Se diretoria e comissão técnica do São Paulo não estão tão interessados no título da Copa Sul-Americana, em relação à disputa da reta final do Brasileirão, o torcedor tricolor pode ter certeza que tem dois grandes aliados no elenco para levantar o troféu continental: Lucas e Rogério Ceni.

Lucas deixará o São Paulo rumo a Paris no fim deste ano. Ele não disputará a Libertadores de 2013, e já deixou claro por diversas vezes que não quer sair do clube sem um título conquistado. Por isso, com a classificação para a primeira fase da Libertadores praticamente assegurada pelo 4º lugar no Brasileirão, o jovem vai apostar todas as suas fichas na Sul-Americana.

Rogério Ceni é o maior ídolo da história do São Paulo. E, com certeza, não teme o confronto da primeira fase da Libertadores – antes de chegar à fase de grupos. Por isso, deve estar satisfeito com o 4º lugar no Brasileirão, sem necessidade de chegar à vice-liderança do campeonato nacional, que dá vaga direta à segunda fase (de grupos) da Libertadores.

O goleiro sabe o quanto pesa a camisa do São Paulo. E boa parte do peso foi dado por ele mesmo, Rogério, ao longo dos 22 anos que está no Morumbi. Mesmo assim, sua reação na última quarta-feira, no Morumbi, no jogo contra a LDU de Loja, foi a reação de quem temia cair contra um fraquíssimo time, sem qualquer expressão internacional, vestindo a mesma camisa pesada do São Paulo. Ceni pediu mudanças para Ney Franco, porque no 0 a 0 no Morumbi bastava um gol da LDU de Loja para colocar em cheque o peso da camisa são-paulina. Em 2013, Ceni deve disputar seu último ano como jogador.

Lucas não quer deixar apenas R$ 112 milhões no cofre do São Paulo em janeiro. Quer sair do clube sendo lembrado por ser um dos principais jogadores do time que deu à torcida a alegria de um título continental sete anos após o tri da Libertadores. Rogério quer manter a camisa com o peso que ele deu. A prioridade da dupla condiz mais com a do torcedor.