A reação tardia do São Paulo, que ocupa a quinta posição a nove rodadas do fim do Campeonato Brasileiro, é celebrada pela maioria dos jogadores, que temia não disputar nem a vaga na próxima edição da Copa Libertadores. Remando contra a maré, o capitão Rogério Ceni faz questão de citar que o time está deixando de pleitear o heptacampeonato nacional justamente por conta desta demora para embalar.

A intenção inicial do camisa 01 era de retornar à competição continental por meio de um dos quatro lugares na ponta da tabela do Campeonato Brasileiro ou do título da Sul-americana. Em função das cinco partidas de invencibilidade no torneio nacional, Ceni não escondeu a consternação em seu último ano de contrato – um novo vínculo ainda é discutido nos bastidores do Morumbi.

“A hora certa (de reagir) passou. O Fluminense foi quem conseguiu pegar e está conseguindo se manter a nove pontos do Atlético-MG. Nossa briga é pela Libertadores, porque demoramos para crescer e não brigamos por aquilo que costumeiramente estamos brigando. Não está de bom tamanho, mas é o que é possível, então vamos tentar”, comentou o goleiro do São Paulo, apenas um ponto atrás do Vasco, que é o primeiro time dentro do G-4.

Ponteiro do Campeonato Brasileiro com 65 pontos, o Fluminense abriu nove de vantagem em relação à vice-liderança e está 16 à frente do São Paulo, que caminha no quinto lugar. Assim como Ceni, o atacante Luis Fabiano não fala mais em título: “Temos que fazer bem o nosso papel para buscar a vaga na Libertadores, porque já ficou tarde para tentar o título. Se essa reação fosse mais cedo, talvez a gente chegasse”.

Após aplicar 2 a 0 sobre o Vasco, o grupo de jogadores do São Paulo desembarcou na capital na tarde de quinta-feira e treinou normalmente na manhã desta sexta. O próximo compromisso será no domingo, no estádio do Morumbi, às 16 horas (de Brasília). O adversário do Tricolor é o Figueirense, vice-lanterna da Série A.