Após três meses no comando do São Paulo, Ney Franco consolidou um esquema tático. E boa parte da conquista pode ser repartida entre Wellington e Osvaldo.

Wellington era o melhor jogador do São Paulo até fevereiro, quando teve a séria lesão no joelho. Voltou a ser titular e nem deu sinais de que passou seis meses longe dos gramados. Seu retorno ao time também ajudou a corrigir uma velha falha, que foi conservada por Adilson Baptista, Emerson Leão e Ney Franco, em seu começo: Denilson deixou de ser primeiro volante – função que nunca exerceu na carreira – e passou a ter mais liberdade.

A parceria entre Wellington e Denilson deu ao time maior solidez defensiva. Wellington, pela esquerda, passou a cobrir as investidas ofensivas de Cortez, e a avenida que antes se via no esquema são-paulino desapareceu. Denilson, não mais sobrecarregado, passou a cometer menos faltas, receber menos cartões e apoiar a ligação entre o meio e o ataque.

Tanta segurança defensiva permitiu que Ney Franco abdicasse do terceiro homem de meio de campo – no caso, Maicon – e armasse a equipe com dois pontas: Lucas e o iluminado Osvaldo.

Osvaldo fez o 4-2-3-1 de Ney Franco funcionar. Tem sido, na esquerda, tão efetivo quanto Lucas, na direita. Fez com que Jadson tivesse mais opções para aplicar sua visão de jogo. É veloz, acha espaços e se desmarca com facilidade.

O resultado da equação tática não poderia ser outro. O São Paulo de Ney Franco vive seu momento mais sólido em três meses. Se assim continuar, o sonho de voltar à Libertadores tem tudo para se concretizar.