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Isolado pela diretoria, Leão argumenta: fez mais do que 80% do País

O isolamento de Emerson Leão em relação à diretoria ficou claro em sua entrevista coletiva após a derrota para a Portuguesa. Nenhum dirigente aceitou falar sobre o técnico que o presidente Juvenal Juvêncio considera razoável e que foi mantido por falta de opções no mercado. Como defesa, o treinador aponta seu desempenho: o São Paulo é um dos poucos a se aproximar dos dois títulos que disputou no ano.

“Não sei se os números são razoáveis, mas 80% dos clubes Brasil não fizeram o que fizemos até agora”, argumentou o ex-goleiro, que levou o time às semifinais do Paulista e da Copa do Brasil, mas ouviu o grito “Leão, pede demissão” ser o mais entoado entre os são-paulinos que protestaram antes, durante e após o jogo contra a Lusa.

Na comparação com outras equipes grandes do País, Corinthians e Palmeiras são finalistas da Libertadores e da Copa do Brasil, respectivamente, após caírem nas quartas de final do Estadual, enquanto o Santos foi semifinalista continental e campeão paulista. Entre os que restaram, com exceção de Grêmio e Coritiba, nenhum outro time foi tão longe quanto o Tricolor paulista.



Mesmo assim, Leão foi obrigado a dar entrevista pressionado no alambrado do Canindé sob pouca luz e nenhum dirigente ao lado. “Falo com a maior tranquilidade, mas com a maior decepção. Não é isso que eu desejava, não é isso que eu estava almejando. Mas não temos que ficar julgando os outros. Só temos que cobrar, apoiar e tentar melhorar”, disse.

Sua defesa diante do termo razoável usado por Juvenal, mais uma vez, foi o desempenho de 68,5% na temporada. “O meu trabalho esbarra em mais ou menos 70% de coisas positivas. Não tenho nada para responder para ninguém. Minha função é treinar a equipe, nada mais”, falou o técnico que é proibido até de indicar reforços ou dispensas no elenco.

Pressionado, o treinador está ciente do peso das oito derrotas em 36 jogos no ano – duas delas, para Santos e Coritiba, custaram as eliminações no Paulista e na Copa do Brasil. “O aproveitamento pode ser de 90%, mas não satisfaz se você perder uma semifinal, uma final. É muito pouca derrota, mas muito barulho porque o futebol permite, é orquestrado por barulho. Você tem que estar mais do que experiente.”

Sua história no futebol é a aposta para lidar com as cobranças internas e externas e superar a falta de apoio dos dirigentes com vitórias. “O time passa por um momento desagradável. São pequenas, são poucas, mas são dolorosas as nossas derrotas. Temos que saber a profundidade da repercussão da derrota. Precisamos estar preparados para ela e nos recuperarmos”, afirmou.

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