A direção do Internacional está preocupada.
Para muitos no Rio Grande, veio a primeira represália.
De acordo com dirigentes colorados...
A CBF não teve a menor pressa em colocar Oscar no Boletim Interno Diário.
A sexta-feira misturou expectativa e frustração no Beira Rio.
Sem o BID ele não poderá jogar o Grenal que decide o Segundo Turno Gaúcho.
Foi um golpe abaixo da linha do estômago no jogador e em Dorival Júnior.
Ele precisava demais da volta do meia para o meio campo do Inter.
O time está se ressentindo demais de alguém para articular as jogadas de ataque.
Ficar sem D'Alessandro e Oscar está sendo duro demais.
Como foi antecipado neste blog, Juvenal Juvêncio entrou em contato com José Maria Marin em Londres.
Marin já havia ficado chocado com a atitude do jogador e de seu empresário Giuliano Bertolucci há muito tempo.
Soube do caso assim que aconteceu, quando nem sonhava em assumir a CBF.
Não se conformava com a atitude do meia em abandonar o São Paulo.
Amigo de Juvenal, acompanhou a revolta do presidente do clube paulista.
Na época, lhe deu razão.
Agora presidente da entidade não pode ser tão explícito.
Mas não está só.
Altos dirigentes da CBF acreditam que a sentença do ministro do TSJ, Guilherme Caputo Bastos, foi precipitada.
Ao comparar o vínculo do meia com o São Paulo com escravidão, Caputo desprezou a legislação esportiva.
A análise desses dirigentes vai além.
Também concordam com os advogados do time paulista.
A decisão de Caputo foi comprometida por haver dado entrevista na véspera para um site gaúcho.
As palavras do ministro favoráveis ao Inter antes da sentença comprometem o processo.
Este é o entendimento do departamento jurídico são paulino.
Observadores neutros, de outros clubes não têm dúvidas.
Está havendo uma briga forte e ferrenha nos bastidores.
O Inter tem por trás o presidente da Federação Gaúcha de Futebol, Francisco Novelletto.
E mais a bancada de deputados federais e senadores gaúchos em Brasília.
O São Paulo se defende muito bem com Marin.
A não inscrição de Oscar para o Grenal foi recebida como uma vitória no Morumbi.
Há a certeza que a decisão do ministro Caputo será revertida.
E que o habeas corpus não terá validade.
O clube gaúcho não utilizará Oscar como sonhava.
O advogado de meia, Andre Ribeiro, estava tenso e ressabiado ontem à noite.
Enquanto a cúpula do Inter e o jogador comemorava, Ribeiro continuava preocupado.
Ele antevia que o São Paulo iria buscar seus recursos.
E que a batalha não estava decidida.
É terrível ver um jogador que não pode atuar no clube que deseja.
Mas ele não é um escravo.
Um contrato o liga a uma equipe.
A relação é profissional.
Nesta briga pesada entre clubes tão grandes...
Representantes da legislação trabalhista e da legislação esportiva...
Que está perdendo é Oscar.
Já não joga há mais de um mês.
Vai ficar de fora do Grenal decisivo do Segundo Turno Gaúcho.
Se o Inter perder, está eliminado do Estadual.
Há até a possibilidade de que não esteja inscrito pelo Inter até o dia 10 de maio.
E perder a chance de jogar contra o Fluminense pela Libertadores.
Quem garante que influências políticas não podem atrasar a sua inscrição no BID da CBF?
Apenas para constar, Marin avisou publicamente que verá a lista de Mano para a Olimpíada.
Dois dias antes da convocação.
Talvez isso não seja bom para o meia gaúcho.
A briga ainda não acabou como sonhava Oscar.
Só há uma garantia neste imbróglio.
E ela não é boa.
Não santo de lado nenhum nesta guerra...
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