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Violência: jornalistas falam do problema nacional

Após levantamento do LNET!, jornalistas de várias partes do Brasil contam suas impressões locais para o grave problema

O levantamento exclusivo do LANCENET!, que revelou o número de 155 mortes ligadas ao futebol desde outubro de 88 no Brasil, repercutiu em todo país. O início da série especial, que trouxe o mapeamento da violência por estado, tipo de morte e faixa etária das vítimas, foi comentado por jornalistas, torcedores e até por quem não é apaixonado pelo esporte

A pedido do LNET!, jornalistas de várias regiões brasileiras contaram suas impressões para o problema, com olhar específico de suas cidades. O que acontece? Quem são os culpados? O que está sendo feito para coibir?

Veja o que pessoas que têm vivência em estádios e acompanham as ações das facções organizadas locais dizem sobre a situação:

GOIÂNIA

Thiago de Castro, repórter da Radio 730

"Em Goiânia, situação chegou a nível crítico"

"A situação chegou a nível crítico, extrapolando da rivalidade entre dois clubes e passando atingir a sociedade, com um grupo de marginais de cada lado, duelando por espaço e usando Goiás e Vila como pano de fundo. É complicado pensar em uma solução a curto prazo, não acredito que apenas a extinção das torcidas (des) organizadas faça a diferença. A verdade é que deveríamos aprender com os ingleses, que diminuíram o problema. A imprensa local cobra e, sempre que se aproxima um clássico, alerta para que as autoridades não deixem repetir os episódios, mas a luta está sendo em vão. As autoridades ainda tentam encontrar saída. A Polícia Civil pediu a extinção da Força Jovem do Goiás e das rivais Esquadrão Vilanovense e da Sangue Colorado. Até hoje, nenhuma decisão do Ministério Público. Quem perde são o campeonato e o estado. Vila e Goiás ainda mantêm status de Maior Clássico do Centro-Oeste, que, aliás, já teve públicos históricos, com mais de 45 mil. No último fim de semana, foram pouco mais de 15 mil – oito mil trocados por notas fiscais. A sociedade sente medo, sofre e se vê de mãos atadas, enquanto bandidos se infiltram nas torcidas, que também têm pessoas de boa índole"



PARAÍBA

Rostand Lucena, chefe de esportes da Rádio caturité

"Na Paraíba, problema é fora dos estádios"

"O nosso estado não tem um histórico tão de problemas dentro dos estádios, as confusões acontecem em sua maioria do lado de fora, com as mesmas torcidas, que nunca são alvos de uma atitude mais firme do Ministério Público e da PM. Mas, mesmo assim, o Ministério Público e a Polícia Militar tomaram uma decisão impopular, separando os torcedores por arquibancada, deixando os mandantes nas principais e colocando os visitantes nas menores"

ALAGOAS

Wellington Santos, repórter da Gazeta de Alagoas

"Alagoas é guerra. Eu não tenho esperança"

"A violência em Alagoas exige atenção máxima da Polícia. E não é só entre torcedores de CRB e CSA em Maceió, mas também quando algum desses clubes vai até Arapiraca enfrentar o ASA. Tenho certeza de que o nível é parecido com Rio e São Paulo. Há casos em que nem acompanhado da família o torcedor escapa de ser agredido. O poder público tenta, mas não consegue garantir segurança. Os ônibus são alvos constantes. A depredação é tanta que as empresas chegam a ameaçar não colocar os veículos em ação nos dias de clássico. É guerra. Até lanchonetes e shoppings são invadidos por torcedores que não têm limites e fazem do futebol um motivo para brigar. Não há motivos para acreditar que acabará"

SERGIPE

Ivanilson Martins, repórter da rádio Jornal 540 AM

"Sergipe x Confiança sempre tem confusão"

"Os conflitos aqui acontecem sempre entre as torcidas do Sergipe e do Confiança. Quando se encontram, sempre tem alguma confusão. A Secretaria de Segurança instaurou restrições, como proibir que os torcedores fossem aos estádios com uniformes das facções e isso vigora até hoje. No ano passado, o Ministério Público também proibiu a entrada de instrumentos musicais, mas isso ficou frouxo e, mediante a liberação da federação, alguns conseguem. Apesar das mortes, o clima é tranquilo porque o número de filiados às organizadas é baixo. Assim, a Polícia consegue suprimir as confusões com mais rapidez"

NATAL

Fábio Pacheco, repórter do Diário de Natal

"Em Natal, crianças mais longe do estádio"

"Aqui só acontecem as brigas no clássico entre ABC e América. Não são torcedores, são marginais que usam o futebol para promover briga. O próprio Ministério Público não consegue identificar quem são essas pessoas porque eles não são integrantes de uma facção organizada, só se infiltram nela para promover desordem. Geralmente, são duelos de gangues, brigas de bairro e até por controle de tráfico de drogas. Isso tem afastado o público dos estádios, principalmente as crianças. Mas, nos últimos anos, até que tem melhorado. A Polícia adotou métodos que são usados no Sudeste e está conseguindo controlar isso"







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