Nesse domingo, o técnico do São Paulo, Emerson Leão, até negou um pedido de Lucas para sair nos últimos cinco minutos da vitória por 4 a 2 sobre o Ituano, mas voltou a ficar irritado com o excesso de faltas recebidas pelo jogador. E mudou sua estratégia: em vez de questionar o árbitro, exige ação dos superiores de quem entra em campo com o apito na mão.

"Felizmente, não aconteceu nada e rezamos para que não aconteça. Mas alguém, não só o árbitro, precisa tomar providência", defendeu, falando claramente da Federação Paulista de Futebol (FPF) para coibir as jogadas que têm ocorrido acima do normal também com Neymar.

"O Lucas tem tomado tanto ou mais pancadas do que o Neymar, e mais violentas porque tem muita velocidade e desequilibra mais forte. Se gravarmos e mostrarmos ao tribunal seis, sete, até dez jogadas violentas sobre ele que não foram repreendidas, o tribunal vai se admirar", imaginou.

Lucas, por sua vez, adota o discurso de não reclamar de seus marcadores, já que em campo tem sido pressionado até pelos técnicos adversários - como Roberto Fernandes, do Ituano, no início do duelo de domingo. O camisa 7 do São Paulo usa a mesma filosofia do amigo Neymar ao avisar que "quanto mais batem, mas vou para cima".

"Não tenho medo de nada em campo. Quanto mais apanho, mais caio para cima e deixo o adversário irritado para causar uma expulsão ou um pênalti. Pego a bola e parto para cima com o que sei fazer melhor, com meu repertorio de dribles, velocidade e habilidade a favor da minha equipe", apontou.

Em boa fase, o astro do São Paulo se coloca na posição do adversário e compreende a dificuldade em pará-lo. "Quando enfrento alguém que tem o estilo de partir para cima, como eu e o Neymar, sei o que pode acontecer. Se marco alguém habilidoso, não dou o bote, espero e uso a minha velocidade. Se o zagueiro que não tem essa velocidade, tem que tentar acertar o bote na hora certa. Se errar, a gente passa", sorriu.

Campeonato Paulista - Série A2
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