Desafetos de longa data, Juvenal Juvêncio e Marco Polo Del Nero se reaproximaram nos últimos dias. A trégua entre o são-paulino e o presidente da Federação Paulista de Futebol foi coroada com a liberação de Lucas para se apresentar mais tarde à seleção brasileira, podendo enfrentar o Palmeiras no domingo.


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A melhora no relacionamento passa, entre outros fatores, pelo técnico Emerson Leão, que tem boa relação com Marco Polo Del Nero. A pressão sofrida por Juvenal no Morumbi para diminuir o seu número de inimigos também contribuiu.

Outro fator é a crise na CBF provocada pela possibilidade de Ricardo Teixeira deixar o cargo. Del Nero precisa do apoio dos quatro grandes paulistas para enfrentar a rejeição que ele e José Maria Marin, seu aliado e primeiro na linha sucessória da CBF, sofrem de presidentes de outras federações.

A boa vontade da confederação com Lucas também pode ser interpretada como uma parte do jogo de xadrez em que se transformou a briga pela cadeira de Teixeira, antes mesmo de ela ficar vaga. Atendendo ao São Paulo, a CBF amansa um clube que teria tudo para se juntar aos rebeldes.

Ao mesmo tempo, ao estampar em seu site que o nó foi desatado por Del Nero, a confederação dá uma demonstração pública de que o paulista continua com moral na casa, apesar dos ataques do grupo rebelado, que conta com gaúchos, baianos e catarinenses, entre outros.

Nenhum detalhe político ficou de lado. Ao divulgar que o São Paulo foi atendido, a CBF registrou na nota que Leão será mesmo levado ao STJD por insinuar que a entidade sugeriu a Luas levar o terceiro cartão amarelo para poder ir para a seleção sem ser pressionado por seu clube. Assim, a autoridade de Andrés não será questionada, apesar de o treinador ganhar a briga para ter Lucas.