Enquanto no Rio de Janeiro o vice-presidente jurídico do Flamengo, Rafael de Piro, diz que vai entrar com um pedido de mandato de busca e apreensão pela Taça das Bolinhas, entregue ao São Paulo pela Caixa Econômica Federal na segunda-feira, na capital paulista os advogados do Tricolor estão tranquilos.

Gerente jurídico do clube, Edgard Galvão acredita que a liminar obtida pelo Flamengo na madrugada de domingo não deve mais ser considerada pela Justiça.

- Tive acesso a essa decisão da Justiça do Rio (de Janeiro). Mas não é bravata, não. Nossa situação jurídica é muito sólida. O São Paulo nem tem o seu nome envolvido nesse caso, nem a Caixa. Apenas a CBF. A juíza até se refere à decisão do STJ (Superior Tribunal de Justiça), que transitou em julgado o processo, reconhecendo o Sport como o campeão de 1987. Essa decisão vai nortear tudo. E acredito que essa liminar do Flamengo deva até ser extinta - disse, ao LANCENET!.

O Troféu Caixa Econômica Federal, a Taça das Bolinhas, foi criado em 1975 e é composto por 156 esferas de ouro e prata, alinhadas pos hastes. Ele seria destinado ao clube que primeiro conquistasse o Brasileirão por três vezes consecutivas ou cinco alternadas.

O Flamengo reivindica a posse por considerar que chegou ao pentacampeonato em 1992. Mas a CBF desconsidera o título da Copa União de 1987. Assim, o Sampa, que foi penta em 2007 (e que em 2008 seria hexa, com três canecos consecutivos) ficou com o prêmio após decisão judiciária que, em 2010, considerou o time pernambucano como o campeão de 1987.

São Paulo recebeu a Taça das Bolinhas na segunda-feira (Foto: Eduardo Viana)