Desde o dia 15 de dezembro do ano passado, data do sorteio dos jogos da primeira fase da Copa do Brasil, que a cidade de Campina Grande está em êxtase. Afinal, o time mais popular da cidade vai enfrentar o poderoso São Paulo, de volta à competição nacional após sete anos. Mas esta euforia aumentou ainda mais este ano, mais precisamente no dia 6 de janeiro, data da chegada da principal contratação do clube para a temporada-2011: o atacante Warley.

Com 33 anos completados no último domingo, o jogador está na Paraíba para realizar o sonho do pai, que é natural do estado e torcedor do Treze (PB). Agora, por ironia do destino, terá a oportunidade de encontrar o clube no qual despontou para o cenário nacional. Em 1999, Warley atuou pelo São Paulo, justamente com o técnico Carpegiani, e chegou inclusive à Seleção Brasileira. Ele lembra de como o comandante e o ex-clube foram importantes para sua carreira.

- O Carpegiani me ajudou muito no São Paulo. Com tantos jogadores, ele sempre me dava oportunidade. Mesmo com França, Dodô, Raí, tive a felicidade de ter uma sequência muito boa de jogos. Assim, cheguei à Seleção com ele. Foi um dos mais importantes treinadores da minha carreira, pelas oportunidades. Por um trabalho do São Paulo, juntamente com Carpegiani, cheguei à Seleção - afirmou o jogador, ao LANCENET!.

Warley estava atuando no futebol romeno. Seu último clube no Brasil foi o Vila Nova-MG, no ano passado. Ele também já atuou por Palmeiras e foi campeão paulista pelo São Caetano em 2004, inclusive eliminando o São Paulo. Agora, espera pela façanha de eliminar o Tricolor.

- A expectativa é a melhor possível para o jogo. O fato de jogar em casa, os ingressos quase todos vendidos e é uma possibilidade grande de surpreender o São Paulo. O objetivo é levar para o segundo jogo, e caso haja um resultado positivo,
tentar surpreender - sonha Warley.

Além de atrapalhar a caminhada são-paulina, Warley quer estragar outra possível festa em Campina Grande. Com 98 gols, Rogério Ceni pode marcar o centésimo justamente em Campina Grande amanhã e colocar a cidade de vez na história do futebol.

- O Rogério sempre foi um cara acolhedor, me ajudou bastante, era um ídolo, um superamigo e me espelhei muito nele. Mas espero que ele não faça o centésimo gol dele aqui (risos). Quero que Campina Grande entre para a história de outra forma.

Nesta quarta-feira, quando a bola rolar em Campina Grande, Warley tentará escrever um capítulo surpreendente na história do futebol brasileiro.

O que ainda lembra da sua passagem pelo São Paulo?
Eu era muito novo, tinha 19, 20 anos, era tudo muito novo para mim, ainda mais com tantos jogadores de qualidade. Tinha Jorginho, Marcio Santos, Raí, Carlos Miguel, Rogério Ceni, jogadores de qualidade. Eu estava iniciando, só tinha jogado pelo
Atlético-PR. Já tinha sido vendido para a Udinese (ITA), então me espelhava muito nos jogadores que passaram pela Europa. Aquele grupo me ajudou bastante.

O que fazer para surpreender o São Paulo?
Se eu falar essa resposta, o Marcelo Vilar (técnico do Treze) não vai nem deixar eu jogar (risos). Estamos treinando da melhor forma possível. A gente acompanha sempre o São Paulo. Eles estão com um pouco de dificuldade, cada jogo é um jogo. Mas
eles têm um técnico muito competente, que com certeza vai arrumr isso.

Você leva mais bronca do seu atual técnico ou levava mais na época do Carpegiani? Quem é mais bravo?
O Carpegiani com certeza é mais bravo que o Vilar (risos).

Por que escolheu defender o Treze e até quando pretende ficar?
Minha escolha foi pelo projeto que me foi apresentado, além do sonho do meu pai, que é paraibano e torcedor do Treze. Tenho contrato até novembro e pretendo cumpri-lo. Depois disso, vou ver o que o presidente tem a me oferecer e vou decidir meu
futuro.

Já está totalmente adaptado à Campina Grande?
A cidade é bacana, tem de tudo. Está sendo muito legal esse período.