Dirigentes do São Paulo estão surpresos com a evolução de Dagoberto nas mãos de Paulo César Carpegiani. Quando o novo treinador chegou cartolas que gostariam de dispensar o atacante apostaram que ele perderia espaço com o substituto de Baresi.

Para os dirigentes, Dagoberto é individualista, acredita que sempre pode decidir as partidas sozinho. E é daqueles atletas que não são muito aplicados taticamente, além de ter dificuldade para marcar (algo natural para um atacante de sua habilidade).

Todas essas características não combinam com Carpegiani. O treinador prioriza o jogo coletivo e adora variar esquemas táticos. Ou seja, na lógica dos dirigentes, a parceria entre ambos tinha tudo para dar errado. Mas deu certo.

As atuações de Dagoberto têm sido suficientemente boas para calar seus críticos, entre os quais não me incluo. Porém, devido à ênfase que com que ainda se fala de seu individualismo no Morumbi, será difícil arrancar suspiros dos cartolas.