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‘Professor’ Carpegiani promete não inventar

Carpegiani deu treino em seu primeiro dia no São Paulo (Robson Fernandjes/AE)

“É sempre assim tão cheio?” A quantidade de jornalistas na sala de imprensa do CT da Barra Funda nesta segunda-feira, 4, impressionou Paulo César Carpegiani. O treinador de 61 anos descobriu rapidamente que muita coisa mudou desde 1999, quando ele passou pelo São Paulo.

Só que o passado não pode ser esquecido. Demorou um pouco, mas o apelido que recebeu em sua primeira passagem, Professor Pardal, virou o tema principal da entrevista concedida em sua volta ao Tricolor. E Carpegiani se mostrou irritado.

“Não entendo isso. Sou uma pessoa simples, gosto do futebol bem jogado. Pelas equipes que passei, nunca tive dificuldades. Eu não improviso no começo. Só em questão de necessidade e com coerência. Muitas pessoas que não conhecem o que é bola gostam de falar muito. Eu sou uma pessoa ambiciosa, quero ganhar. Se eu tiver um grande jogador em cada posição, não vou forçar nada”, discursou.

“Admito que fiz uma única opção errada. Eu um determinado jogo, eu não tinha quem colocar de centroavante e escolhi um jogador”, completou, sem citar o nome do zagueiro Bordon.
Leia os principais momentos da concorrida entrevista:
A situação da equipe
“Neste momento, temos de pensar primeiro na vitória. Não existe promessa nenhuma de Libertadores. Agora é vencer o jogo de quarta-feira e depois procurar crescer gradativamente. Não é promessa, é trabalho.”
Atual elenco
“Conheço o Rogério e o Jorge Wagner de trabalhar. É óbvio que tenho um conhecimento e temos um bom grupo. Tem uma ou outra posição carente e vamos buscar na base. Estou satisfeito. Com ele completo, dará para fazer um grande trabalho.”
Saída do Atlético-PR
“Eu me considero profissional, não sou hipócrita. Estou saindo para outro desafio. É hipocrisia dizer que não pode isso ou não pode aquilo. Os clubes têm direitos e os profissionais também.”
Falta de títulos
“Talvez não tenha títulos importante porque tive dificuldades para trabalhar em grandes clubes. Estive em seleções que disputaram Eliminatórias para Copas e parei por muito tempo. Eu só trabalho onde me sinto bem. Chego ao São Paulo em um momento complicado, mas com esperança de poder mudar.”
Categoria de base
“Desde que o menino tenha condições, ele vai jogar. Não tem essa história de idade. Vão ter a mesma chance dos demais. Mas precisa ter qualidade.”
Sérgio Baresi
“Ele estava fazendo um bom trabalho. Eu vou usá-lo para pedir informações e referências. Agora ele estará cuidando das categorias de base. Geralmente quando você troca de treinador a tendência é que alguma coisa não esteja bem.”

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