Eles são os maiores campeões brasileiros, já foram bem mais inimigos, mas hoje têm em comum a má fase e o questionamento do porquê de não estarem juntos. Às 18h30, contra o Atlético-MG, em Ipatinga, o São Paulo revê Vanderlei Luxemburgo. O técnico com quem, segundo o time mineiro, a equipe paulista chegou até a flertar nas últimas semanas.

Dono de seis títulos nacionais, o time do Morumbi iniciou a rodada na 13ª colocação, duas abaixo de sua pior campanha na história dos pontos corridos, em 2005, quando jogou descansado por já ser campeão da Libertadores e focava o Mundial.

Luxemburgo, cinco vezes campeão nacional em passagens por Palmeiras (dois títulos), Corinthians, Santos e Cruzeiro, vê seu time na zona de rebaixamento e vem sendo criticado por estar com a carreira em baixa. Campeão dos dois primeiros campeonatos por pontos corridos, no ano passado, com o Santos, fez sua pior campanha --12º colocado entre os 20 times.
Em sua passagem pelos três grandes de SP, Luxemburgo, que hoje não terá Diego Tardelli (contundido), teve forte rixa com o São Paulo. Bateu o rival algumas vezes, perdeu outras. Desentendeu-se com Telê Santana e dirigentes e virou inimigo.

Mas nada como uma má fase para apagar outra. Após a saída de Ricardo Gomes, parte da torcida pediu sua vinda. Até o olhar da diretoria são-paulina mudou.

"Ele nunca foi bem-visto por querer dirigir o clube inteiro. Aqui, isso não sobrevive, essa coisa do envolvimento dele com negócios, de ser manager. Ele nunca falou ter o sonho de estar aqui, mas sim que gostaria de dirigir o nosso time", declarou o superintendente de futebol Marco Aurélio Cunha.

"Ele sempre teve uma restrição [no São Paulo], mas essas coisas diminuem com o passar do tempo. Se ele está vetado agora? Não."

Há duas semanas, o presidente do Atlético-MG, Alexandre Kalil, disse que seu treinador foi alvo da cobiça do time paulista, que nega.

Crédito: Luiz Pires/VIPCOMM


"Nunca aconteceu isso. Quero que ele diga o nome de quem fez isso. Estamos satisfeitos com o [Sérgio] Baresi e nossa ideia é mantê-lo", disse o vice de futebol, Carlos Augusto de Barros e Silva. Baresi ignora o duelo de técnicos. "Não penso nisso, só em fazer o São Paulo vencer."

E o elenco parece querer ajudá-lo a afastar o fantasma que ronda seu cargo. "Vamos fazer de tudo para ajudar o Baresi", falou o meia Jorge Wagner.