Na passagem do Presidente Lula por Paraisópolis, na terça-feira dia 31, o governador de São Paulo Alberto Goldman assinou a liberação de R$ 3,1 bilhões para obras de mobilidade urbana na região Sul de São Paulo. As obras foram planejadas nos últimos anos, levando em conta o Morumbi como estádio paulista para a Copa do Mundo.
A assinatura do decreto foi comemorada no São Paulo, porque representam a maior facilidade de transporte até o Morumbi, como previsto no projeto inicial da Copa na cidade. Nesse dinheiro, está prevista a transposição do córrego do Paraisópolis, a criação de dois piscinões e a construção de uma linha de metrô que ligará diretamente ao aeroporto de Congonhas.
Na passagem por São Paulo na terça-feira, o presidente Lula usou três vezes a palavra "excrescência" e duas vezes a palavra "crime" para se referir à escolha de Itaquera como palco da abertura da Copa do Mundo. É fato que Lula pediu à empreiteira Odebrecht que ajudasse o Corinthians na construção de seu estádio. Esse trabalho se dá há um ano. Mas dizia que esse projeto seria apenas para o Corinthians, não para a Copa do Mundo.
Repare que Lula fez o discurso na festa do centenário, na terça-feira à noite, e não se referiu nenhuma vez ao estádio de Itaquera. Se estivesse feliz como torcedor, usaria o estádio em seu benefício político. Não fez isso.
Não é bom, de fato, que o governo crie uma relação de favor com empreiteiras. Mas também não é verdade que essa relação nasce no futebol. Basta lembrar o entrave entre Odebrecht e governo equatoriano, com interferência do governo brasileiro. Ou que Emilio Odebrecht afirma manter boa relação com o presidente Lula desde 1992, quando foi apresentado a ele pelo senador (à época) Mario Covas.
Itaquera será bem-vindo se construído com dinheiro da iniciativa privada, como tem sido anunciado. Mas é evidente que estar, neste momento, posicionado como o estádio paulista no Mundial tem tudo a ver com a crise política entre o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, e o São Paulo.
E, pelas declarações desta quarta-feira do diretor de marketing do Corinthians, Luiz Paulo Rosenberg, que lembrou que o projeto nasceu sem pensars em Copa e não se colocará um vintém na ampliação, somadas à liberação de R$ 3,1 bilhão para a mobilidade urbana do Morumbi, ainda não está claro que a batalha para saber qual o estádio paulista na Copa esteja fechada.
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