Nação do Maior do Mundo;
Mais uma vez São Paulo e Fluminense fizeram um jogo com bastante emoção no Maracanã. Somando os dois tempos achei que o placar ficou justo para ambas as equipes. E se levarmos em conta que jogamos diante do melhor time da competição, com dois meias excelentes, o resultado não foi ruim. Diga com toda a sinceridade: Com essa má fase, você contava ao menos com um empate?
O primeiro tempo foi praticamente todo do São Paulo. Antes mesmo do Flu abrir o placar no início da partida, o Maior do Mundo dava sinais de que iria fazer uma boa apresentação, dando sustos na meta carioca. O mandante fez o gol numa falha ao meu ver de Rodrigo Souto, que não acompanhou o cruzamento na área para o gol de Deco. No mais só deu São Paulo. A equipe soube se portar bem em campo e tomou conta das ações do jogo. O Fluminense se acomodou com a vitória parcial e deu muito campo ao visitante. O resultado foi uma série de chutes de fora da área, dando muito trabalho ao goleiro Fernando Henrique.
Veio a segunda etapa e o Flu modificado, com Rodriguinho no lugar do lento Beletti. O mandante melhorou muito e contou com a inestimável ajuda do São Paulo, que cedeu todo o espaço que tinha em seu campo de defesa. Fernandão se machucou e, em menos de dez minutos de jogo, deu lugar a Cléber Santana. Aí danou-se de vez; o time ficou sem referência lá na frente. O Flu martelou e, os 14 minutos Leandro Euzébio empatou de cabeça após cruzamento de Conca: 2 a 2. Após o empate Baresi mexeu mal, tirando Fernandinho e colocando Marlos como atacante. Por mais que Fernandinho não esteja encantando, ele oferecia perigo naquele setor. Sem referência e com um meio campo menos combativo, a equipe não conseguia sair do abafa do Flu.
Aos 24 minutos, novamente o “fator Rogério Ceni” em campo. O árbitro Leandro Vuaden marcou um toque de mão involuntário de Richarlyson dentro da área. Um absurdo essa marcação, que mais uma vez prejudica o clube, lembrando que no jogo passado, também contra um carioca, Carlos Eugênio Símon deixou de marcar um pênalti escandaloso em Fernandão. Washington foi para a cobrança na certeza de se vingar da ex-equipe e acabou “humilhado” pelo nosso capitão, que o aconselhou a bater de um lado e foi buscar a bola no outro. Podem falar o que for mas Rogério, ao longo de seus 37 anos de idade, ainda continua um verdadeiro espetáculo em forma de goleiro. Sua atuação de gala ao menos compensou a falta de ao menos um meia criativo na equipe, coisa que o adversário possui ao menos dois… e de altíssimo nível. Ah se tivéssemos ao menos um Conca ou um Deco.
O jogo foi se desenvolvendo até o fim, com boas defesas do arqueiro tricolor, mas foi quase no apito final que o São Paulo perdeu a “segunda bola do jogo” com Marcelinho perdendo chance incrível sozinho dentro da grande área, após cruzamento milimétrico de Jorge Wagner (correção: Richarlyson), que entrou no lugar do medonho Renato Silva. Se ele faz aquele gol, se consagra de vez no tricolor. Mas é garoto e vem fazendo boas partidas, merece o crédito.
No apito final, justiça no placar e algumas constatações, pelo menos para mim. Rogério continua sendo um dos maiores goleiros do Brasil; Renato Silva não pode de jeito nenhum jogar no tricolor; Jean rende mil vezes mais como volante e a equipe tem sempre que jogar com uma referência mas, ao menos nesses dois últimos jogos, não fez feio. Mais uma vez faltou tranquilidade e pontaria para ganhar, mas tenho certeza que se continuarmos assim com o esforço de todos, conseguiremos sair dessa má fase.
Tenho muita esperança numa boa sequência nos próximos três jogos: Atlético GO (Morumbi), Atlético MG (Ipatinga) e Flamengo (Morumbi). Serão jogos complicados pela fase em que vivemos, mas se fizermos ao menos sete pontos nesses três jogos, pularemos lá de baixo para o meio da tabela. Vamos por etapas, pensando nesses três próximos desafios.
Saudações tricolores!
Melhores do SPFC: Rogério Ceni (só não fez chover), Jean (boa partida na sua posição original) e Junior Cesar, que impediu muito bem uma das maiores jogadas do Flu, as descidas do lateral Mariano.
Piores do SPFC: Renato Silva (desculpa, não pode jogar num clube como o São Paulo) e Cléber Santana (até agora não justificou a contratação e não sei se vai justificar)
Imagens: Vipcomm
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